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JPMorgan e Citigroup com lucros acima do esperado. Goldman Sachs e Wells Fargo ficam aquém
Os grandes bancos dos Estados Unidos justificaram a melhoria dos resultados com o bom momento da economia norte-americana, que permitiu que o consumo interno mitigasse os efeitos dos juros baixos e das tensões internacionais.
A apresentação de resultados dos grandes bancos norte-americanos arrancou esta terça-feira com quatro dos grandes gigantes da indústria, que sublinharam o contributo do bom momento da economia dos Estados Unidos para a evolução dos lucros.
Contudo, enquanto o JPMorgan e o Citigroup apresentaram números acima do esperado pelos analistas, o Goldman Sachs e o Wells Fargo ficaram aquém das expectativas.
No caso do JPMorgan, o banco revelou que os seus lucros cresceram 8,4% no terceiro trimestre para 9,1 mil milhões de dólares, ou 2,68 dólares por ação, acima dos 2,45 dólares esperados pelos analistas.
Também as receitas superaram as projeções de 28,5 mil milhões de dólares, com uma subida para os 30,1 mil milhões no período entre julho e setembro.
Os resultados do banco foram impulsionados sobretudo pelo crescimento da atividade da banca de retalho, que ajudou a instituição a mitigar os efeitos dos juros baixos.
"O consumidor continua saudável, com o crescimento dos salários e dos gastos combinado com balanços fortes e baixos níveis de desemprego", afirmou o CEO Jamie Dimon no comunicado. "Isso está a ser parcialmente anulado pelo enfraquecimento do sentimento das empresas e das despesas de capital, sobretudo devido aos riscos geopolíticos cada vez mais complexos, incluindo as tensões no comércio global".
Tal como o JPMorgan, também o Citigroup superou as estimativas, com os lucros a crescerem para 1,97 dólares por ação - ligeiramente acima das projeções dos analistas que apontavam para 1,95 dólares – e as receitas de 18,6 mil milhões a superarem as estimativas de 18,54 mil milhões.
À semelhança de Dimon, também o CEO do Citigroup, Michael Corbat, justificou o desempenho favorável da instituição no terceiro trimestre com o bom momento da economia norte-americana, dando como exemplo a subida de 11% nas receitas com cartões.
"Apesar do ambiente de imprevisibilidade ao longo do trimestre, continuamos a cumprir a nossa estratégia de melhorar o retorno dos acionistas através de um crescimento consistente liderado pelo cliente", disse Corbat em comunicado.
Goldman Sachs e Wells Fargo falham estimativas
Ao contrário do JPMorgan e do Citigroup, o Goldman Sachs e o Wells Fargo falharam as estimativas dos analistas, com lucros abaixo do esperado.
O Goldman Sachs fechou o terceiro trimestre com lucros de 1,88 mil milhões de dólares, ou 4,79 dólares por ação, abaixo das projeções que apontavam para 4,81 dólares. Já as receitas de 8,32 mil milhões excederam ligeiramente as estimativas de 8,31 mil milhões.
"Os nossos resultados ao longo do terceiro trimestre refletem a força subjacente da nossa franquia global de clientes e a sua capacidade de produzir resultados sólidos no contexto de um ambiente operacional misto", justificou o CEO David Solomon, que está aos comandos do banco desde outubro de 2018. "Continuamos a executar as nossas prioridades estratégicas, incluindo investir em importantes oportunidades de crescimento para os negócios existentes e para os novos negócios".
Já o Wells Fargo, o quarto maior banco dos Estados Unidos, obteve lucros de 4,6 mil milhões de dólares, ou 1,12 dólares por ação, o que traduz uma queda de 23% face ao período homólogo, e um valor abaixo das estimativas de 1,15 dólares.