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José Maria Ricciardi pode estar de saída do Haitong

O Público e o Jornal Económico avançam que José Maria Ricciardi pode estar de saída do Haitong Bank. O accionista chinês da instituição estará a preparar-se para anunciar várias alterações nos órgãos sociais.

Simon Dawson/Bloomberg
Negócios 09 de Dezembro de 2016 às 10:37
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José Maria Ricciardi (na foto) pode estar de saída do Haitong Bank, avança esta manhã o Público e o Jornal Económico. Oficialmente a informação não foi confirmada.

O mandato de Ricciardi à frente do Haitong Bank termina este mês de Dezembro. E o accionista chinês da instituição está a preparar-se para anunciar várias alterações nos órgãos sociais, segundo o Público. O Haitong Bank terá já dado sinais que pretende apresentar uma nova gestão às autoridades nacionais até ao final deste ano.

Segundo o Público, as motivações que podem levar à não recondução de Ricciardi não são conhecidas, nem é ainda sabido se o gestor português abandona o cargo por sua vontade ou porque é uma decisão do Haitong Securities, grupo chinês que comprou o BESI.

O Jornal Económico acrescenta que uma das alterações que o grupo chinês quer desenvolver, num contexto de fim de mandato da liderança do Haitong, é a redução significativa do número de administradores da instituição financeira. A publicação dá ainda conta dos rumores que circulam no mercado e que apontam que Ricciardi e/ou Hiroki Miyazato, chairman, podem estar de saída do banco de investimento.

No meio financeiro, escreve o Público, a crença é que a mudança na liderança do banco de investimento está a ser ultimada. O que coloca um ponto final numa querela entre o administrador com a pasta financeira, Mo Yiu Poo, e o próprio Ricciardi. Para suceder o gestor português, há vários nomes a circular incluindo o de Paulo Martins, gestor executivo da equipa do banqueiro português, e tido como da confiança do accionista chinês, segundo a mesma fonte.

Pedro Rebelo de Sousa, antigo presidente executivo do BFA e ex-administrador não executivo da Caixa Geral de Depósitos, é outro nome que é apontando para a nova liderança do banco de investimento. Ao Público, Rebelo de Sousa não confirmou.

Haitong compra BESI


A 8 de Dezembro de 2014 foi noticiado que o Novo Banco vendeu o BESI ao Haitong por 379 milhões de euros. A administração do Novo Banco tinha já confirmado a 4 de Dezembro, que "se encontrava em negociações" com a Haitong para a venda "da totalidade do capital social". A empresa chinesa também emitiu um comunicado onde revelava que a concretização do negócio permitiria "reforçar a internacionalização da estratégia empresarial da empresa e alargar a sua cobertura geográfica".

Em Setembro do ano passado, a venda foi concluída. E ocorreu a mudança do nome de Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) para Haitong Bank, carregando na sua designação o nome dos novos donos, os chineses da sociedade Haitong International Holdings Limited.

 

Minsheng quer António Ramalho no Novo Banco

A proposta apresentada pelo grupo chinês Minsheng para a aquisição do Novo Banco é a que mais cumpre os objectivos traçados pelo Fundo de Resolução, escreve o Jornal Económico. Este grupo asiático propõe comprar a instituição e manter a actual adminstração liderada por António Ramalho. Além disso, avança a publicação, este grupo propõe também realizar um aumento de capital no Novo Banco que pode atingir os dois mil milhões de euros.

O China Minsheng Financial terá manifestado flexibilidade em adaptar a sua proposta vinculativa aos objectivos do Fundo de Resolução, Banco de Portugal e Governo. Comprometem-se mesmo a não venderem o banco por um período extenso de tempo, escreve o Jornal Económico. Mas há uma questão que tem de ser ultrapassada: o BCE tem de avaliar a sua qualidade para accionista do Novo Banco, segundo a mesma fonte.

A venda do Novo Banco tem de ficar definida até ao final deste ano.


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