Notícia
Impacto do colapso do Archegos na banca mundial é de 10 mil milhões até agora
A queda do "family office" provocou danos em vários bancos espalhados pelo mundo, devido à grande exposição que tinham sobre ele. As perdas divulgadas já atingiram os 10 mil milhões.
As perdas dos bancos em todo o mundo relacionadas com o colapso do Archegos superaram, até ao momento, os 10 mil milhões de dólares, depois de o japonês Nomura e de o suíço UBS terem apresentado uma fatura conjunta de 3,7 mil milhões de dólares provocada pela queda deste "family office".
Só o banco nipónico apresentou uma perda de 2,3 mil milhões de dólares (245,7 mil milhões de iénes) no primeiro trimestre deste ano, relacionada com a queda do Archegos, levando à sua maior queda trimestral desde 2009, altura da grande crise financeira global.
Já o UBS, que até agora não se tinha pronunciado com valores exatos sobre o impacto desta quebra, diz que prevê uma perda de 861 milhões de dólares no segundo trimestre do ano. Estes dois bancos estão entre os maiores perdedores com o desastre do Archegos, que entrou em colapso quando a empresa acumulou posições altamente alavancadas em ações, mas não foi capaz de reforçar as margens exigidas pelos bancos.
Ações de empresas como a ViacomCBS, a Baidu, a Discovery, e a Farfetch estiveram envolvidas nestas vendas forçadas, que ocorreram depois de o "family office" de Bill Hwang ter sido chamado a reforçar o colateral exigido pelas suas posições (margens) adquiridas através de instrumentos alavancados e não o ter conseguido fazer.
O Nomura é o segundo banco mais afetado, depois de o suíço Credit Suisse ter feito uma amortização de cerca de 4 mil milhões de euros. O UBS está na quarta posição, atrás do Morgan Stanley, que também surpreendeu investidores e analistas com um acerto de contas de 911 milhões no início deste mês.
O Deutsche Bank, que divulga lucros na quarta-feira, o JPMorgan e o Citigroup estão entre os bancos que conseguiram limitar as perdas ou escapar delas.
Os "family offices", que são pouco regulamentados, ainda administram cerca de 6 mil milhões de dólares.
Nouriel Roubini, o economista que ficou conhecido como "profeta da desgraça" por ter antecipado a crise financeira global, identifica vários riscos nos mercados e acredita que o colapso da Archegos Capital Management, de Bill Hwang, não será um caso isolado.
Isto porque, na visão de Roubini, a combinação de juros baixos ou negativos nas economias avançadas e estímulos orçamentais levou os investidores a assumir riscos excessivos, com o professor da Universidade de Nova Iorque a apontar para os rácios preço-lucro (ajustados ciclicamente) aos níveis de 1929 e início dos anos 2000 com um sinal de imprudência.
Só o banco nipónico apresentou uma perda de 2,3 mil milhões de dólares (245,7 mil milhões de iénes) no primeiro trimestre deste ano, relacionada com a queda do Archegos, levando à sua maior queda trimestral desde 2009, altura da grande crise financeira global.
Ações de empresas como a ViacomCBS, a Baidu, a Discovery, e a Farfetch estiveram envolvidas nestas vendas forçadas, que ocorreram depois de o "family office" de Bill Hwang ter sido chamado a reforçar o colateral exigido pelas suas posições (margens) adquiridas através de instrumentos alavancados e não o ter conseguido fazer.
O Nomura é o segundo banco mais afetado, depois de o suíço Credit Suisse ter feito uma amortização de cerca de 4 mil milhões de euros. O UBS está na quarta posição, atrás do Morgan Stanley, que também surpreendeu investidores e analistas com um acerto de contas de 911 milhões no início deste mês.
O Deutsche Bank, que divulga lucros na quarta-feira, o JPMorgan e o Citigroup estão entre os bancos que conseguiram limitar as perdas ou escapar delas.
Os "family offices", que são pouco regulamentados, ainda administram cerca de 6 mil milhões de dólares.
Nouriel Roubini, o economista que ficou conhecido como "profeta da desgraça" por ter antecipado a crise financeira global, identifica vários riscos nos mercados e acredita que o colapso da Archegos Capital Management, de Bill Hwang, não será um caso isolado.
Isto porque, na visão de Roubini, a combinação de juros baixos ou negativos nas economias avançadas e estímulos orçamentais levou os investidores a assumir riscos excessivos, com o professor da Universidade de Nova Iorque a apontar para os rácios preço-lucro (ajustados ciclicamente) aos níveis de 1929 e início dos anos 2000 com um sinal de imprudência.