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Hugo Soares: situação da Caixa "não é muito diferente do que aconteceu no BES"

Em entrevista ao Público e à Renascença, o novo líder da bancada parlamentar do PSD compara as decisões tomadas pelas administrações da Caixa com aquilo que aconteceu no BES e lembra que há quatro anos o partido também perdeu as eleições e "Passos Coelho continuou como presidente do partido".

Pedro Catarino (CM)
Negócios 20 de Julho de 2017 às 09:26
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Hugo Soares vê paralelos entre a Caixa e o BES, na forma como as contas foram "maquilhadas" ao longo dos últimos anos. "Nós hoje sabemos que o Ministério Público tem fundadas suspeitas sobre a prática de gestão danosa na CGD, seja na concessão de crédito, seja até naquilo que se chama maquilhagem das contas, no facto de terem escondido as imparidades nas contas da CGD, um fenómeno que não é muito diferente do que aconteceu no BES", afirmou ao jornal e à rádio. "Ou seja, o Ministério Público tem dúvidas sobre o que aconteceu a partir de 2007 de concessão de crédito de favor na CGD, que é algo que, além de um crime, desvirtua as regras de mercado e concorrência..."

 

Questionado sobre essa comparação, o deputado do PSD reiterou a acusação: "Sim, esconder as contas, maquilhar as contas, não é diferente do que aconteceu no BES." Durante a entrevista, não afastou também a possibilidade de avançar com uma terceira comissão de inquérito à Caixa, a terceira nesta legislatura.

 

Ainda sobre este tema, Hugo Soares acusa Eduardo Ferro Rodrigues de desrespeitar a Assembleia da República. "Ferro Rodrigues não pode ter opiniões pessoais que coloquem em causa a separação de poderes […] Ou não pode desdenhar de forma absolutamente inacreditável de uma deliberação da AR que visa constituir uma comissão técnica independente para apurar a verdade dos factos do que falhou - e continua a falhar - no combate aos incêndios […] desdenha em causa própria desrespeita o órgão a quem preside. E isso não é um comportamento à altura do segundo representante da nação."

 

"Em 2013 fomos copiosamente derrotados. E Passos continuou"

 

Na mesma entrevista, o recém-eleito líder parlamentar dos sociais-democratas desvalorizou a possibilidade de o resultado nas autárquicas levar ao afastamento de Pedro Passos Coelho da liderança do PSD. "Nós em 2013 fomos copiosamente derrotados nas autárquicas. E Passos Coelho continuou como presidente do partido e como primeiro-ministro", recorda.

 

Aproveitou também para baixar a fasquia sobre os possíveis resultados eleitorais. Depois de Passos Coelho ter dito que o objectivo do PSD é ter a maioria das câmaras, Hugo Soares diz que esse deve ser sempre o objectivo do PSD, mas avança com outra meta: ganhar mais câmaras do que nas últimas eleições.

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