Notícia
Haitong reduz prejuízos com corte de custos e vendas de activos
O ex-BESI fechou o primeiro semestre com um resultado líquido negativo de 2 milhões de euros.
O Haitong Bank reduziu os custos operacionais no primeiro semestre deste ano, mas tal não foi suficiente para regressar aos lucros, embora se tenha registado uma descida significativa nos prejuízos.
De acordo com o relatório e contas publicado esta terça-feira na CMVM, o ex-BESI fechou o primeiro semestre com um resultado líquido negativo de 2,1 milhões de euros, o que representa uma redução face aos prejuízos de 79,8 milhões de euros no mesmo período do ano passado.
Na totalidade de 2017 o Haitong registou prejuízos de 130 milhões de euros, acima dos 96 milhões de euros verificados em 2016.
O banco de investimento explica a melhoria nos resultados com os ganhos de 13,2 milhões de euros em operações descontinuadas, resultantes da venda das subsidiárias dos EUA e Reino Unido.
A redução da actividade no banco é bem evidente na evolução de vários indicadores operacionais, sobretudo ao nível dos custos, que desceram para 62,5 milhões, contra 107,5 milhões de euros no mesmo período do ano passado.
"No final do primeiro semestre do ano, o banco operava com uma base de custos 44,0% inferior à verificada em igual período do ano anterior (39,1 milhões de euros vs 69,9 milhões de euros)", refere o Haitong, adiantando que esta evolução permitiu obter um lucro operacional de 9,6 milhões de euros, que compara com um prejuízo operacional de 35,1 milhões de euros na primeira metade de 2017. No total de 2017 o Haitong registou custos operacionais de 126 milhões de euros.
O produto bancário cresceu 40,2% para 48,8 milhões de euros, devido às "comissões mais elevadas, em particular provenientes das áreas de negócio de Mercados de Capital e Structured Finance".
Numa mensagem que consta no relatório, Lin Yong (Presidente do Conselho de Administração) e Wu Min (Presidente da Comissão Executiva), afirmam que principal objectivo, de "arrumar a casa", "está, de uma forma geral, concluído com resultados positivos na primeira metade de 2018".
"Desde o início do nosso mandato que o nosso objectivo tem sido restaurar a credibilidade do banco junto dos reguladores, clientes e accionista", referem os gestores, afirmando que o "primeiro passo foi ‘arrumar a casa’" e "envolveu reduzir os custos operacionais para um nível sustentável, desenvolver uma estratégia de negócio alinhada com a China, garantir o apoio do accionista no reforço do capital e abordar questões-chave de governance".