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Grandes bancos querem alterar regras que “limitam” investimentos em dívida

Deutsche Bank e Barclays argumentam que novas regras sobre operações de titularização podem dificultar os esforços de cedência de crédito à economia, segundo conta a agência Bloomberg.

Negócios 08 de Abril de 2014 às 13:45
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Dois grandes bancos europeus, o Deutsche Bank e o Barclays, estão entre as instituições financeiras que temem um congelamento das operações de titularização de dívida (em que os títulos de dívida estão garantidos por outros activos como créditos de carros ou cartões de crédito), de acordo com a agência Bloomberg.

 

Com a intenção de evitar esse estrangulamento a um mercado que teve grande força antes da crise financeira de 2007 (muitas apontam até como uma das suas principais causas), os bancos enviaram as suas opiniões no processo de consulta lançado pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia, que vai impor novas normas para o sector financeiro.

 

Segundo a argumentação dos bancos, o processo de titularização pode ficar paralisado com tais normas, mais restritas do que as actuais. No fundo, referem, o novo enquadramento regulatório poderá acabar por limitar o investimento em dívida e, no final de contas, fazer com que não se consiga ceder crédito à economia. As vantagens da titularização são sempre vistas como dando maior liquidez ao mercado e reduzindo a dificuldade na obtenção do crédito. No ponto contrário, está a ideia de que causaram a crise financeira de 2007, por não se ter noção dos riscos que estão por trás dos activos que servem de garantia.

 

Especificamente segundo o Deutsche Bank, as regras propostas pelo comité “vão reduzir substancialmente os incentivos dos bancos em participar nas titularizações”, cita a Bloomberg. Já o Barclays defende que há diferenças entre os activos que são utilizados nessas operações para garantir a dívida, pelo que não faz sentido impor regras iguais para todos - regras mais restritas, exigindo aos bancos que tenham capital suficiente para cobrir os riscos dos activos.

 

O comité de Basileia informou a Bloomberg, por e-mail, que as propostas de todos os que responderam ao processo de consulta serão tidas em conta.

 

As regras de Basileia pretendem, em suma, que as instituições financeiras tenham o capital suficiente para enfrentarem períodos de crise profunda.

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