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FMI: Governo deve alargar prazo do empréstimo que capitalizou Novo Banco

O prazo do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, destinado a financiar a capitalização do Novo Banco, deve ser “alargado” para os bancos terem capacidade para “absorver quaisquer custos da resolução durante um horizonte mais alargado”. O conselho é do FMI que teme que as perdas na venda do banco de transição penalizem um sector ainda não lucrativo.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Janeiro de 2015 às 15:30
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"As autoridades devem considerar definir um plano alargado de reembolso do empréstimo governamental ao Fundo de Resolução, permitindo que os bancos absorvam quaisquer custos da resolução [do BES] durante um período mais alargado". É este o conselho que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deixa ao Estado, admitindo que a venda do Novo Banco vai gerar prejuízos para o sistema financeiro.

 

As condições acordadas em Agosto prevêem que o Fundo de Resolução, participado pelos bancos, reembolse o empréstimo de 3.900 milhões que recebeu do Estado num prazo de dois anos. No entanto, o FMI defende que este prazo deve ser alargado, caso contrário, existe o risco de "colocar um peso considerável num sistema bancário altamente concentrado e ainda não lucrativo", no primeiro relatório de avaliação da economia portuguesa após a conclusão da intervenção da troika em Portugal.

 

"A redefinição do calendário de reembolso do empréstimo governamental ao Fundo de Resolução poderia aliviar alguma da pressão, permitindo que a indústria bancária absorva quaisquer custos num horizonte mais alargado", sublinha o FMI.

 

Por outro lado, o Fundo recomenda que "as autoridades devem clarificar, tão breve quanto possível, de que forma serão absorvidas as perdas" decorrentes da venda do Novo Banco abaixo do valor de 4.900 milhões que recebeu do Fundo de Resolução. E sugere que sejam dadas orientações sobre o tratamento contabilístico e prudencial da transacção".

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