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Goldman Sachs junta-se à lista de bancos que estão a pagar pela crise financeira de 2007/8

O banco de investimentos Goldman Sachs aceita pagar quase cinco mil milhões de euros para pôr fim a mais um processo contra a banca que criou títulos de dívida que tinham como activo subjacente empréstimos à habitação duvidosos.

Bloomberg
Negócios 15 de Janeiro de 2016 às 08:31
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O Goldman Sachs chegou a acordo para pagar mais de 5 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) para encerrar um processo judicial que dizia respeito à emissão de títulos com base em créditos hipotecários na crise financeira. Este acordo vai levar, segundo avançaram as agências internacionais, ao corte nos resultados do quarto trimestre em cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros). 

Este é mais um acordo que as autoridades fazem com um banco, na senda de outros processos que visam penalizar as instituições pela criação de títulos que tinham como colateral créditos hipotecários que os seus clientes não tinham condições de pagar, e que levou à crise designada de "subprime", considerada o início da crise financeira mais alargada de 2008.As autoridades já fizeram acordos semelhantes com outros bancos grandes, como o JP Morgan Chase, Bank of America e Citigroup, que, no conjunto, já tiveram de pagar 37 mil milhões de dólares de multas e indemnizações. O Governo, nesses casos, considerou que os bancos não avisaram correctamente os investidores sobre a qualidade dos empréstimos que estavam subjacente às obrigações vendidas.

A Goldman será assim obrigada a pagar 2,385 mil milhões de dólares de coima, acrescida de 875 milhões de outros pagamentos e terá, ainda, de indemnizar clientes no valor de 1,8 mil milhões de dólares. 

O acordo põe fim a actuais e potenciais futuros processos do Departamento de Justiça norte-americano, das procuradorias de Nova Iorque e de Illinois, da  National Credit Union Administration e da Federal Home Loan Banks of Chicago and Seattle. Mas uma decisão final ainda demorará, segundo a Bloomberg, algumas semanas. 

O banco de investimentos já tinha registado uma provisão de 1,45 mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano para fazer face ao acordo.
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