Notícia
Gestores de património no Morgan Stanley vão contar com "assistente virtual"
A fase de teste começa este mês com mil clientes. Para já, o maior benefício do "chatbot" será encontrar mais rapidamente uma ficha descritiva sobre um produto financeiro para dar a um cliente, trocando a atividade de pesquisa do consultor por uma pergunta rápida, mas o banco não quer ficar por aqui.
E se as conversas sobre gestão de carteiras de investimento tivessem mais um elemento na sala? Além do cliente e do gestor de portefólio, o Morgan Stanley quer que este tipo de reuniões sejam acompanhadas por um "chatbot".
Este recurso à inteligência artificial tem como objetivo facilitar a vida dos consultores que, por exemplo, podem encontrar mais rapidamente uma ficha descritiva sobre um produto financeiro para um cliente, trocando a atividade de pesquisa por uma pergunta rápida ao "chatbot".
Este assistente virtual foi criado pela OpenAI, autora do ChatGPT e vai ser testado com cerca de mil clientes durante alguns meses a começar já em setembro.
O Morgan Stanley não quer ficar de fora da nova tendência, "O impacto [da inteligência artificial] vai ser muito significativo", antecipa Sal Cucchiara, "chief information officer" para a gestão de património e investimento no Morgan Stanley, citada pela Reuters. Para Sal Cucchiara, este movimento pode mesmo ser comparado ao advento da internet.
Além deste "chatbot", a instituição está ainda a desenvolver uma tecnologia que poderá – com a devida permissão dos clientes – acompanhar a conversa entre cliente e gestor de carteira, redigindo posteriormente um resumo escrito que é enviado ao cliente.
A "chief information officer" garantiu ainda que os consultores financeiros não estão preocupados em ser substituídos pela inteligência artificial, até porque estas ferramentas serão meras assistentes, mantendo-se o foco de consultoria sob a alçada dos humanos. "O consultor ainda está no centro", assegurou Cucchiara.
Esta ferramenta poderá ainda agendar reuniões com o "portfolio manager", atualizar o banco de dados dos clientes e ainda ajudar os gestores de carteira com uma série de funcionalidades ligadas à fiscalidade, poupança e heranças, por exemplo.
Este "chatbot" nasce no Morgan Stanley cerca de um ano depois de o banco ter assinado um acordo com a OpenAI, que deu à instituição o acesso em primeira mão ao desenvolvimento de produtos com IA trabalhados pela empresa liderada por Sam Altman destinados à gestão de carteiras.