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Fusão entre BPI e BCP era boa para o Crédito Agrícola
O Crédito Agrícola, que vê com bons olhos a consolidação no sector, está comprador. Depende do que houver no mercado. Já esteve para adquirir o BBVA, num processo falhado devido à falta de concordância no critério preço.
A fusão entre o Banco BPI e o Banco Comercial Português, que a empresária angolana Isabel dos Santos parece querer promover, seria positiva para o grupo Crédito Agrícola, na óptica do seu presidente. Segundo Licínio Pina, a operação iria criar um grande banco que actuaria "noutro nível".
"Acho que era o melhor. Porque continuaríamos sempre no nosso nicho de mercado e, como os grandes bancos actuam noutro nível, deixariam mais espaço para actuar", adiantou o gestor esta quarta-feira, 18 de Março.
Para Licínio Pina, isso era bom para os 683 balcões que o grupo tem espalhados pelo país: "Haveria uma optimização da rede da parte deles e nós ficaríamos melhor".
Crédito Agrícola comprador
Sobre processos de consolidação, o CEO do banco cooperativo também foi questionado. "O Crédito Agrícola continua atento a esses movimentos".
"Estamos atentos aos movimentos de mercado e estamos no mercado numa posição sempre de comprador. Depende do que houver disponível para esse efeito", declarou quando questionado sobre unidades disponíveis para venda como é o caso do ActivoBank, banco electrónico do BCP.
BBVA falhou por causa do preço
Já se sabia que o Crédito Agrícola esteve em conversações para ficar com o BBVA no ano passado. O processo, soube-se, caiu. Licínio Pina admitiu que isso aconteceu devido ao preço.
"Não chegámos a acordo pela simples razão de que, dentro de um negócio, há sempre um comprador e um vendedor e, quando não se entendem relativamente ao preço, não há negócio", explicou.