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Crédito Agrícola melhora lucros apesar de perder margem financeira

A margem financeira do grupo deslizou em 2014 mas os resultados de operações financeiras ajudaram a apresentar números positivos.

Sofia Henriques
18 de Março de 2015 às 10:46
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O Grupo Crédito Agrícola apresentou uma melhoria do resultado líquido, saindo do terreno negativo em que se situou no ano passado. O lucro foi de 26,9 milhões de euros, quando se tinha situado em 2,9 milhões de euros em prejuízos em 2013.

 

Esta melhoria ocorreu apesar de a margem financeira, a diferença entre juros pagos em depósitos e juros recebidos em créditos e que serve de base das receitas do banco, ter caído 0,1% para 248 milhões de euros.

 

Na apresentação de resultados, esta quarta-feira 18 de Março, o presidente Licínio Pina (na foto) afirmou que a queda foi "provocada pela quebra da procura do crédito", e também pelas descidas das taxas de juro.

 

Mesmo com a descida da margem financeira, o produto bancário do grupo subiu 17,3% para os 554 milhões de euros, graças à rubrica de outros proveitos, não especificados.

 

Os custos operacionais desceram 0,6% para os 300 milhões de euros. As provisões também subiram 40,7% embora o presidente garanta que não estão afectas a nenhum caso em particular mas apenas fazem parte de "gestão sã e prudente".

 

Assim, pese embora estes contributos negativos, o resultado líquido subiu graças a operações financeiras, como a venda de dívida pública "de Portugal mtas também de outros países", aproveitando o "ambiente de mercado". 

 

Em termos de indicadores, o crédito a clientes bruto caiu 0,6% para 8.147 milhões de euros, com contributos negativos tanto dos particulares como das empresas. Já os recursos de clientes, sobretudo depósitos, subiram 4% para 10.620 milhões. Uma diferença que faz com que o rácio de transformação (depósitos sobre crédito) seja de 70,3%, uma descida face ao ano anterior, quando o rácoi ascendia a 73,7%. 

 

O racio common equity tier 1, utilizado para calcular a solidez financeira dos bancos, ficou em 13% no ano passado. O banco fechou o ano com 4.108 trabalhadores, menos 53 do que no ano anterior, a operar em 683 agências - as mesmas de 2013. 

 

(Notícia actualizada com mais informações às 11h26)

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