Notícia
Filho de José Guilherme e investidor angolano perdem posições relevantes no Montepio
A associação mutualista é o único titular com uma participação relevante no fundo de participação da caixa económica Montepio. Já Paulo Guilherme e Eurico Brito têm vindo a reduzir a sua presença.
Paulo Guilherme, filho do construtor civil José Guilherme, e o investidor angolano Eurico Brito estão a reduzir a sua participação na Caixa Económica Montepio Geral, segundo apontam comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários publicados no final da semana passada.
Os dois investidores eram os únicos, além da associação mutualista, que desde o lançamento do fundo de participação, em 2013, tinham aí uma posição qualificada. Paulo Guilherme começou por ter mais de 13 milhões de unidades de participação do fundo do Montepio. Agora, a posição é inferior. "No dia 13 de Outubro de 2016, foram alienadas um montante total de 71.500 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, passando a deter 7.963.845 unidades de participação do fundo de participação da CEMG pelo que, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, lhe deixou de ser imputada uma participação qualificada".
Eurico Brito também perdeu peso: "No dia 20 de Setembro de 2016, foram alienadas um montante total de 125.000 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, passando a deter 7.904.002 unidades de participação do fundo de participação da CEMG pelo que, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, lhe deixou de ser imputada uma participação qualificada".
Tanto Paulo Guilherme como Eurico Brito perdem a posição qualificada na caixa económica, sob o comando de José Félix Morgado (na foto), mais de dois anos e meio depois do investimento. Em 2013, quando o fundo de participação foi lançado, cada uma das 200 milhões de unidades foi vendida a 1 euro cada. Não se sabe o valor a que foram feitas as recentes transacções.
Mutualista ganha peso
Ao mesmo tempo que os dois investidores têm reduzido a sua presença no fundo, que nunca deu retorno (os dividendos só são pagos mediante os resultados e a caixa tem tido prejuízos), a mutualista aumenta a presença neste fundo. "O Montepio Geral - Associação Mutualista informou que, no dia 27 de Setembro de 2016, passou a deter 266.786.766 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, representativas de uma participação qualificada de 66,7% do fundo de participação da CEMG".
Em Junho, a participação da mutualista era de 63,61%, quando tinha mais de 254 milhões de unidades do fundo. A posição relativa da entidade liderada por António Tomás Correia aumentou este ano já que houve uma nova emissão de unidades, em 2015, todas subscritas pela associação mutualista, também a 1 euro, permitindo à caixa capitalizar-se em 200 milhões.
Além de ser a titular da maioria das unidades, e dado que estas não conferem direito, a associação mutualista é a única detentora dos direitos de voto na Caixa Económica Montepio Geral.
Fundo tem estreado mínimos históricos
O fundo de participação do Montepio, que pertence ao índice PSI-20, tem vindo a estrear mínimos históricos. Vendidas a 1 euro no final de 2013, as unidades valem, agora, menos de metade. Estes títulos, que não conferem qualquer direito de voto no Montepio, fecharam esta segunda-feira a valer 44,4 cêntimos cada. Já desceram a 44,1 cêntimos, a cotação mais baixa de sempre.
Além de não darem direito de voto, as unidades não conferiram ainda qualquer remuneração ou dividendo. Carlos Tavares, presidente da CMVM, chegou a criticá-los e a dizer que não deveriam ter sido comercializados junto de clientes bancários. Assim, a subscrição das novas unidades, em Maio de 2015, foi feita exclusivamente pela Mutualista embora, depois, as mesmas tenham sido admitidas à negociação, podendo passar para pequenos investidores.
Os dois investidores eram os únicos, além da associação mutualista, que desde o lançamento do fundo de participação, em 2013, tinham aí uma posição qualificada. Paulo Guilherme começou por ter mais de 13 milhões de unidades de participação do fundo do Montepio. Agora, a posição é inferior. "No dia 13 de Outubro de 2016, foram alienadas um montante total de 71.500 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, passando a deter 7.963.845 unidades de participação do fundo de participação da CEMG pelo que, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, lhe deixou de ser imputada uma participação qualificada".
Eurico Brito também perdeu peso: "No dia 20 de Setembro de 2016, foram alienadas um montante total de 125.000 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, passando a deter 7.904.002 unidades de participação do fundo de participação da CEMG pelo que, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, lhe deixou de ser imputada uma participação qualificada".
Tanto Paulo Guilherme como Eurico Brito perdem a posição qualificada na caixa económica, sob o comando de José Félix Morgado (na foto), mais de dois anos e meio depois do investimento. Em 2013, quando o fundo de participação foi lançado, cada uma das 200 milhões de unidades foi vendida a 1 euro cada. Não se sabe o valor a que foram feitas as recentes transacções.
Mutualista ganha peso
Ao mesmo tempo que os dois investidores têm reduzido a sua presença no fundo, que nunca deu retorno (os dividendos só são pagos mediante os resultados e a caixa tem tido prejuízos), a mutualista aumenta a presença neste fundo. "O Montepio Geral - Associação Mutualista informou que, no dia 27 de Setembro de 2016, passou a deter 266.786.766 unidades de participação do fundo de participação da CEMG, representativas de uma participação qualificada de 66,7% do fundo de participação da CEMG".
Em Junho, a participação da mutualista era de 63,61%, quando tinha mais de 254 milhões de unidades do fundo. A posição relativa da entidade liderada por António Tomás Correia aumentou este ano já que houve uma nova emissão de unidades, em 2015, todas subscritas pela associação mutualista, também a 1 euro, permitindo à caixa capitalizar-se em 200 milhões.
Além de ser a titular da maioria das unidades, e dado que estas não conferem direito, a associação mutualista é a única detentora dos direitos de voto na Caixa Económica Montepio Geral.
Fundo tem estreado mínimos históricos
O fundo de participação do Montepio, que pertence ao índice PSI-20, tem vindo a estrear mínimos históricos. Vendidas a 1 euro no final de 2013, as unidades valem, agora, menos de metade. Estes títulos, que não conferem qualquer direito de voto no Montepio, fecharam esta segunda-feira a valer 44,4 cêntimos cada. Já desceram a 44,1 cêntimos, a cotação mais baixa de sempre.
Além de não darem direito de voto, as unidades não conferiram ainda qualquer remuneração ou dividendo. Carlos Tavares, presidente da CMVM, chegou a criticá-los e a dizer que não deveriam ter sido comercializados junto de clientes bancários. Assim, a subscrição das novas unidades, em Maio de 2015, foi feita exclusivamente pela Mutualista embora, depois, as mesmas tenham sido admitidas à negociação, podendo passar para pequenos investidores.