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Febase defende que BCP deve usar a “poupança” com a tomada firme na reposição de salários

O facto de o BCP dispensar a tomada firme no aumento de capital permitirá que o banco poupe um máximo de 35,1 milhões de euros. Este montante deve ser usado para repor os salários dos funcionários, defende a Febase.

O BCP é a terceira acção que mais desce no Stoxx 600. Os títulos do banco português desvalorizam 50,90% em 2016, com a queda a intensificar-se na última semana. Nas passadas cinco sessões, as acções do banco liderado por Nuno Amado cerca de 25%, pressionado por receios de que tenha que avançar para um aumento de capital, pela exclusão de um índice de referência global e por uma nota negativa do Goldman Sachs.
Bloomberg
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O nível de ordens de subscrição do aumento de capital do BCP deve permitir dispensar a utilização da tomada firme da operação. Ao que o Negócios apurou, a procura por novas acções registada até segunda-feira, 30 de Janeiro, permite antever que os bancos internacionais que se comprometeram a garantir o sucesso da oferta não terão de ficar com títulos da instituição liderada por Nuno Amado.

 

Ao não necessitar de activar o contrato de tomada firme negociado com um sindicato de cinco bancos, o BCP poderá poupar um máximo de 35,1 milhões de euros. Caso usasse esta rede de segurança, o banco teria de pagar "comissões no valor de até 35,1 milhões de euros (…), já considerando um eventual pagamento integral do ‘fee’ discricionário", como refere a instituição no prospecto da emissão.

 

A Febase "reclama que os 35,1 milhões de euros em comissões previstas no aumento de capital e que se prevêem não venham a ser despendidos que sejam utilizados integralmente na antecipação do fim da retenção salarial que os trabalhadores do BCP são alvo."

 

A federação adianta, em comunicado emitido esta terça-feira, 31 de Janeiro, que o valor em causa "permitiria antecipar substancialmente" a reposição dos salários dos funcionários do BCP, actualmente prevista para Julho.

 

Em causa está o fim dos cortes salariais entre 3% e 11% aos trabalhadores com remunerações mensais superiores a 1.000 euros a partir de 2014. A medida era temporária e mantinha-se até ao ano seguinte à data da devolução de todos os CoCos, obrigações híbridas do Estado, prevista para 2017. Agora, a eliminação das reduções salariais é prometida para Julho, ainda que também dependente do reembolso dos 750 milhões de euros nos instrumentos estatais, que o BCP quer fazer no primeiro semestre agora que a Fosun já é a sua maior accionista. 

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