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Ex-presidente da Águas de Portugal vai liderar fusão das sociedades de garantia mútua
Banco de Fomento propõe o nome de José Furtado para liderar a equipa que vai gerir o processo de fusão e que permanecerá em funções uma vez concluída a operação.
José Furtado, antigo presidente do Conselho de Administração da Águas de Portugal (AdP), foi convidado pelo Banco de Fomento (BPF) para liderar a equipa que vai gerir o processo de fusão das sociedades de garantia mútua.
“No contexto do processo de fusão em curso das Sociedades de Garantia Mútua – Agrogarante, Garval, Lisgarante e Norgarante – o Banco Português de Fomento propõe, em Assembleia Geral, a nomeação de uma nova equipa de gestão comum às quatro Sociedades, para o mandato de 2024-26. Uma vez realizada a fusão, será também a equipa de gestão a vigorar na sociedade resultante da fusão”, explica a instituição liderada por Ana Carvalho (CEO) e Celeste Hagatong (presidente do Conselho de Administração).
José Furtado foi um dos fundadores do sistema de garantia mútua em Portugal. Passou pelo BCI - Banco Comercial e de Investimentos, IAPMEI, Grupo IPE, e exerceu cargos de administração na Caixa Capital, PME Investimentos, SPGM, Portugal Ventures, Turismo Fundos e Fundo de Sindicação de Capital de Risco, entre outras entidades, salienta o Banco de Fomento.
No final do ano passado, opôs-se ao pagamento de um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros da AdP ao Estado. Apresentou a demissão em Maio.
Joaquim Pinheiro, Presidente do Conselho de Administração da Garval, Lisgarante e Norgarante, assumirá a mesma função na Agrogarante.
A restante equipa executiva é composta por Marta Penetra (que já tinha sido nomeada como administradora executiva da Garval e da Lisgarante), Rui Teixeira (quase quatro décadas de experiência no BCP) e Rui Saraiva da Silva, que entre outros cargos foi diretor de sinistros e contencioso na COSEC – Allianz Trade.
A entrada em funções da nova equipa fica dependente do processo de avaliação de adequação e idoneidade por parte do regulador.
BPF gere processo
O Banco de Fomento foi escolhido para liderar o processo em novembro, depois de uma auditoria especial solicitada pelo Banco de Portugal, que abriu portas à reorganização do Sistema Nacional de Garantia Mútua (SNGM), com vista à “melhoria do governo e controlo interno, a maior eficiência e eficácia do conjunto do sistema, a obtenção de sinergias e a redução dos encargos de gestão”, sublinhou nesse momento a entidade liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.
O Sistema Nacional de Garantia Mútua, recordou o Banco do Fomento, “é um sistema mutualista, essencialmente dirigido às Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), que se traduz, fundamentalmente, na prestação de garantias financeiras, em benefício das referidas empresas, para facilitar a obtenção de crédito em condições adequadas”.
Integram este sistema as sociedades de garantia mútua, o Fundo de Contragarantia Mútuo e o Banco Português de Fomento.