Notícia
Ex-líder da Wirecard está entre os mais procurados pela Interpol
Jan Marsalek está na "lista negra" da Organização Internacional de Polícia Criminal, depois do escândalo financeiro.
13 de Agosto de 2020 às 11:39
O antigo CEO da alemã Wirecard, Jan Marsalek, foi adicionado à lista dos mais procurados pela Interpol, a organização internacional de polícia criminal, depois do escândalo da contabilidade que envolveu milhares de milhões de euros da fintech germânica.
Marsalek está em liberdade desde que os problemas legais que envolvem a Wirecard voltaram a agudizar-se em junho. O ex-diretor de operações foi demitido após a empresa ter revelado que cerca de 80% do lucro estava em falta no balanço patrimonial. Marsalek é um dos principais suspeitos do crime, cuja investigação está a ser levada a cabo por Munique.
A Wirecard deu início ao processo de insolvência em junho, depois de se ter tornado protagonista de um escândalo financeiro que pôs a descoberto um buraco de cerca de 2 mil milhões de euros.
A firma admitiu que os 1,9 mil milhões de euros que tinha registados como ativos, e que a auditora EY tinha dado como desaparecidos, provavelmente nunca existiram. Uma quantia que representa cerca de um quarto do valor da Wirecard na folha de balanço.
Para além da fraude, a Wirecard deixou um buraco nos balanços dos bancos da Europa. Apenas três dos maiores credores da firma de pagamentos alemã divulgaram os respetivos resultados financeiros até ao momento, mas o Commerzbank e o grupo ING foram ambos atingidos em 175 milhões de euros, revelatam pessoas familiarizadas com este assunto à Bloomberg.
Esta quantia representa mais de metade dos lucros relativos ao segundo trimestre destas instituições. No caso do Credit Agricole, a perda foi de cerca de 110 milhões de euros.
Marsalek está em liberdade desde que os problemas legais que envolvem a Wirecard voltaram a agudizar-se em junho. O ex-diretor de operações foi demitido após a empresa ter revelado que cerca de 80% do lucro estava em falta no balanço patrimonial. Marsalek é um dos principais suspeitos do crime, cuja investigação está a ser levada a cabo por Munique.
A firma admitiu que os 1,9 mil milhões de euros que tinha registados como ativos, e que a auditora EY tinha dado como desaparecidos, provavelmente nunca existiram. Uma quantia que representa cerca de um quarto do valor da Wirecard na folha de balanço.
Para além da fraude, a Wirecard deixou um buraco nos balanços dos bancos da Europa. Apenas três dos maiores credores da firma de pagamentos alemã divulgaram os respetivos resultados financeiros até ao momento, mas o Commerzbank e o grupo ING foram ambos atingidos em 175 milhões de euros, revelatam pessoas familiarizadas com este assunto à Bloomberg.
Esta quantia representa mais de metade dos lucros relativos ao segundo trimestre destas instituições. No caso do Credit Agricole, a perda foi de cerca de 110 milhões de euros.