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Estado espanhol venderá participação no CaixaBank ao longo de vários anos

Tanto o CaixaBank como o Bankia comprometem-se a não pagar dividendos até que a fusão entre as duas entidades esteja fechada.

Reuters
21 de Setembro de 2020 às 11:13
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O Estado espanhol vai vender a participação de 16% que passará a deter no "novo" CaixaBank ao longo de vários anos. A informação é avançada pelo jornal Cinco Días, depois de a instituição financeira ter chegado a acordo para uma fusão com o Bankia, criando o maior banco do país vizinho. 

Foi na semana passada que as duas entidades assinaram os termos da fusão, que irá, se aprovada, criar uma entidade com mais de 600 mil milhões de ativos. Fernando Ulrich, atual "chairman" do BPI (detido pelo CaixaBank), foi proposto para integrar o futuro conselho de administração do CaixaBank. 

A concretizar-se a operação, o Estado espanhol passará de uma posição de mais de  60% no Bankia para 16% na nova entidade decorrente da fusão, cujo principal acionista será a Fundação La Caixa – que ficará com cerca de 30%.


Esta operação despertou várias dúvidas. Algumas já foram esclarecidas, outras continuam por clarificar. Uma delas é em relação ao número de colaboradores que serão afetados pela fusão. De acordo com a publicação, este deverá ser o maior ajustamento de pessoal alguma vez realizado no setor bancário espanhol, devendo atingir entre 7.000 a 8.000 colaboradores. 

Outra questão é precisamente a saída do Estado do capital do CaixaBank, e a devolução aos contribuintes espanhóis dos mais de 24 mil milhões de euros que o Bankia e o Banco Mare Nostrum receberam em ajudas estatais. 

Fontes próximas adiantam ao Cinco Días que o plano é o Estado manter-se no capital por vários anos, até que a situação económica melhore e os bancos consigam reforçar a rentabilidade. 

Dividendos só depois da fusão fechada
De acordo com a mesma publicação, tanto o CaixaBank e o Bankia comprometeram-se a pagar dividendos apenas quando a operação de fusão estiver concluída. 

De acordo com o projeto de fusão, citado pelo jornal, os dois bancos garantem que "os respetivos órgãos de administração e equipas de gestão, bem como as empresas dos respetivos grupos (...) vão desenvolver a sua atividade de forma habitual" com uma "gestão sã e prudente" e sem "fazer mudanças relevantes na estratégica e gestão". 

Além disso, continua, não irão realizar qualquer contrato que ponha em causa a aprovação da fusão. "Em particular, o CaixaBank e o Bankia comprometem-se (...) a não pagar dividendos" até que a fusão esteja concluída.
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