Notícia
ES International prevê reembolsar todos os clientes do BES em Dezembro
O papel comercial da Espírito Santo International colocado em clientes de retalho do BES ascende, actualmente, a menos de 300 milhões, um quinto do valor inicial. De acordo com o ESFG, os títulos serão reembolsados na íntegra até ao início de Dezembro.
Até ao início de Dezembro próximo, a Espírito Santo International espera ter devolvido a totalidade do dinheiro aplicado por clientes de retalho do Banco Espírito Santo (BES) em papel comercial emitido pela "holding" de controlo do Grupo Espírito Santo (GES), que esta terça-feira, 27 de Maio, ascendia a menos de 300 milhões de euros. O valor exacto será de 284 milhões, segundo apurou o Negócios.
"O reembolso total destas emissões deverá estar concluído no início de Dezembro de 2014", revela o Espírito Santo Financial Group (ESFG), "holding" controlada pela ES International e que garantiu a devolução do dinheiro aplicado naqueles títulos com a constituição de uma provisão especial de 700 milhões de euros.
"A ESFG mantém o compromisso de apoiar as suas subsidiárias através da constituição da garantia", sublinha o comunicado em que esta sociedade anunciou ter registado prejuízos de 36,9 milhões nos primeiros três meses do ano.
No total, os clientes de retalho do BES ainda têm papel comercial emitido pela ES International de 284 milhões, menos de 20% do valor máximo registado no final do ano passado, que ascendia a 1.560 milhões.
"A 27 de Maio de 2014, o montante do papel comercial detido por clientes de retalho do BES tinha sido reduzido a menos de 300 milhões de euros. Esta redução foi conseguida através do plano de ‘deleverage’ e reorganização em curso na ES International", adianta o comunicado.
Foi para garantir o reembolso integral deste papel comercial, bem como para assumir outros riscos de exposição do BES à ES International, que o Banco de Portugal exigiu ao ESFG a constituição de uma provisão especial de 700 milhões de euros nas contas do final do ano passado. O objectivo foi evitar que os clientes do banco pudessem vir a ser prejudicados pela "grave" situação financeira da ES International.