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Dulce Mota vai ser a nova CEO interina do Montepio. Carlos Tavares passa a "chairman"
Carlos Tavares vai ocupar o cargo de "chairman", passando a função de presidente executivo à nova gestora. Pelo menos até se encontrar uma outra solução. A alteração acontece depois de João Ermida, o nome escolhido por Tomás Correia para a presidência, não ter avançado.
Carlos Tavares, até agora presidente executivo do Montepio, vai passar a pasta a Dulce Mota de forma interina. O gestor vai agora a ocupar o cargo de "chairman", numa tentativa de se dedicar mais ao BEM, o banco de empresas do grupo.
Esta alteração, avançada pelo Público e confirmada pelo Negócios, acontece depois de o Banco de Portugal se ter mostrado contra o nome de João Ermida, a escolha de Tomás Correia para ocupar o cargo de "chairman" do Montepio, por não cumprir as condições necessárias à concessão do registo de idoneidade. Ou seja, experiência no setor bancário.
Nos últimos dez anos, a carreira de Ermida passou pela consultoria em investimento. Antes, o gestor esteve no Banco Santander e também no Banco Privado Português.
Foi este alerta que levou Carlos Tavares a decidir apresentar uma nova proposta: Dulce Mota, que exerceu funções no BCP e liderou o ActivoBank, vai agora ocupar o seu lugar temporariamente, não se excluindo, no entanto, a hipótese de ficar definitivamente no cargo.
Segundo apurou o Negócios, será a partir do próximo dia 11 de fevereiro que Carlos Tavares deixará de acumular funções, como acontece desde que assumiu a liderança do banco. Isto numa altura em que o prazo para o Banco de Portugal se pronunciar sobre João Ermida estava a terminar: a data-limite seria sábado, 9 de fevereiro.
Esta mudança na administração ainda não foi comunicada ao Banco de Portugal. A proposta incluirá a passagem de Carlos Tavares a presidente, mas ainda não é certo se Dulce Mota será apresentada como presidente executiva interina, até se encontrar uma nova solução, ou como a nova CEO do Montepio.
(Notícia atualizada às 17:58)