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Duas décadas após chegada do Euro, há milhares de milhões em dinheiro antigo por trocar

Nas contas da Bloomberg, há 8,5 mil milhões de euros denominados em moedas nacionais anteriores à moeda única ainda à espera de serem trocados. Marco alemão domina.

27 de Dezembro de 2021 às 11:10
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Vinte anos depois da entrada em circulação dos primeiros euros, estima-se que haja milhares de milhões denominados em moedas nacionais, como o escudo, peseta, lira italiana, marco alemão ou franco francês, que continuam por trocar, apesar de terem sido abandonadas.

Segundo cálculos da Bloomberg, o total que ainda pode ser trocado junto dos bancos centrais europeus equivale a aproximadamente 8,5 mil milhões de euros. Desconhece-se quanto vai ser ainda trocado, assim como as razões pelas quais não foi ainda.

As potenciais explicações vão desde poupanças esquecidas debaixo de colchões à vontade de guardar lembranças de outra era. O que efetivamente se sabe, indica a agência, é que a grande maioria fica na Alemanha, onde a popularidade do dinheiro vivo perdura e o banco central, o Bundesbank, garantiu que vai continuar a trocar marcos por euros por um período ilimitado.

Outros países não são tão pacientes. França, Espanha e Itália deixaram de trocar dinheiro antigo, enquanto Portugal parou de aceitar moedas de escudo e vai deixar o fazer em relação às notas já no próximo mês de fevereiro.

O euro foi introduzido a 1 de janeiro de 2002 – três anos depois da conceção da moeda comum. Foi inicialmente usada em 12 dos atuais países da zona euro, com Chipre, Estónia e outros a optarem por adotá-la vários anos depois.

O Banco Central Europeu pôs recentemente em marcha um plano para avançar com novas notas, as quais devem ser redesenhadas até 2024, estando em cima da mesa a possibilidade de a instituição lançar, ainda esta década, um euro digital.

 

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