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Direita queria suspender inquérito à CGD mas esquerda rejeita
O PSD e o CDS solicitaram a suspensão do prazo da comissão de inquérito, para evitar que caiam os processos que visam a disponibilização de documentos confidenciais. PS, BE e PCP votaram contra.
Até ao final, direita contra esquerda. Em mais uma reunião da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, o PSD e o CDS avançaram em sentido oposto ao PS, BE e PCP.
Esta terça-feira, 11 de Julho, o PSD fez uma conferência de imprensa para solicitar a suspensão dos trabalhos da comissão de inquérito, depois de um aviso do Supremo Tribunal de Justiça de que os processos em discussão nos tribunais e que visam o levantamento do dever de segredo sobre documentos da CGD poderiam cair com o fim do inquérito parlamentar.
A direita pediu, por isso, a suspensão do prazo da comissão da Caixa, actualmente agendado para 18 de Julho. PSD e CDS queriam esperar até uma decisão judicial final após a primeira sentença do Tribunal da Relação de Lisboa favorável à comissão de inquérito.
Na votação, PSD e CDS colocaram o requerimento para a suspensão dos prazos da comissão de inquérito, que tomou posse a 5 de Julho de 2016, mas o PS, BE e PCP recusaram.
Assim, a data final para a comissão de inquérito continua a ser dia 18 de Julho, sendo que o único adiamento foi apenas relativo à entrega das propostas de alteração ao relatório preliminar, da autoria do socialista Carlos Pereira, que poderão chegar até esta quarta-feira, 12 de Julho.