Notícia
Dinheiro aplicado em depósitos duplica para 94 mil milhões com subida das taxas de juro
Portugal registou o segundo maior aumento das taxas de juro médias no conjunto dos países da área do euro, atrás da Letónia. Mas, ainda assim, os valores estão abaixo da média europeia.
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No ano passado, as famílias depositam 94 mil milhões de euros, quase o dobro do montante registado em 2022 (49,4 mil milhões de euros) dos depósitos a prazo. Uma evolução à boleia da melhoria das taxas de juro.
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 2,73 pontos percentuais (pp) entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, de 0,35% para 3,08%, o maior aumento anual observado desde o início da série, em 2003.
Os dados mostram ainda que Portugal registou mesmo o segundo maior aumento das taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo de particulares do conjunto dos países da área do euro, atrás da Letónia. Com este aumento, passou da segunda posição mais baixa em dezembro de 2022, para a 13.ª posição em dezembro de 2023, ainda assim, abaixo da taxa média observada para este conjunto de países (3,29%).
No que toca à remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas, passou de 0,97% em dezembro de 2022 para 3,46% em dezembro de 2023, o que corresponde a um aumento de 2,49 pp.
As novas operações por parte do segmento empresarial totalizaram 76,7 mil milhões de euros, mais do que triplicando relativamente a 2022 (21,5 mil milhões de euros). E também aqui os depósitos a prazo até 1 ano são os que se destacam, representando mesmo 99% das novas operações em 2023.