Notícia
DBRS: Consequências da retirada das moratórias ainda estão por conhecer
"Apesar de o crédito malparado dos bancos (NPL) ter permanecido contido, com a maioria dos bancos ainda a reportar níveis menores ou idênticos no final de 2021, consideramos que as consequências totais da retirada das moratórias e outras medidas de apoio ainda estão por se ver no balanço dos bancos", pode ler-se numa nota da DBRS hoje divulgada.
09 de Novembro de 2021 às 20:24
A agência de 'rating' DBRS Morningstar considerou hoje que as consequências da retirada das moratórias de crédito implementadas durante a pandemia de covid-19 ainda estão por ver na Europa, com Portugal a ser um dos países mais expostos.
"Apesar de o crédito malparado dos bancos (NPL) ter permanecido contido, com a maioria dos bancos ainda a reportar níveis menores ou idênticos no final de 2021, consideramos que as consequências totais da retirada das moratórias e outras medidas de apoio ainda estão por se ver no balanço dos bancos", pode ler-se numa nota da DBRS hoje divulgada.
Para a agência canadiana, as consequências serão mais visíveis "no final de 2021 e durante 2022, à medida que as restantes moratórias chegarem ao fim".
"Esperamos que a deterioração da qualidade dos ativos seja mais visível nos bancos domiciliados nos países onde a completa recuperação económica esteja a demorar mais", refere a DBRS.
Quanto a Portugal, país de três (BCP, Novo Banco e Montepio) dos 35 bancos analisados, a DBRS assinala que os bancos "continuam com a maior proporção de moratórias garantidas face aos empréstimos brutos na amostra, representando cerca de 24% do total" no final de junho de 2021.
À percentagem dos bancos em Portugal seguem-se os bancos irlandeses (13%), espanhóis (9%), italianos (8%) e britânicos (8%), com os restantes países a registarem valores abaixo dos 5%, segundo a DBRS.
"No final do primeiro semestre de 2021, os empréstimos com moratória tinham largamente expirado na Irlanda, nos Países Baixos, na Bélgica e em França", algo que "contrasta com há um ano", segundo a DBRS Morningstar.
A agência canadiana dá ainda conta que "altos níveis permaneciam nos bancos em Portugal e na Suécia".
Dos 35 bancos da amostra da DBRS, que compreende Reino Unido, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Bélgica, em junho de 2021 "cerca de 84% (520,4 mil milhões de euros) do total de moratórias garantidas pelos bancos [...] já tinha expirado, e isto compara com 86,2 mil milhões expirados no final de junho de 2020".
"Bancos domiciliados na Finlândia, Portugal e Suécia ainda têm uma grande proporção dos empréstimos com as moratórias garantidas no final do primeiro semestre de 2021, e os bancos domiciliados na Irlanda e nos Países Baixos têm a proporção mais baixa de empréstimos ainda por pagar nessa data", pode ler-se no texto.
A análise da DBRS aborda também as moratórias nas operações financeiras estruturadas, denotando que "a Itália, o Reino Unido e Portugal têm sido as jurisdições com o maior número de pagamento reportado de moratórias nas suas carteiras".
"Itália e Portugal mostraram números consistentes à volta de 10,0% e 8,0%, respetivamente, ao passo que o Reino Unido atingiu um pico de 14,0% durante o segundo trimestre de 2020, para decrescer rapidamente depois", pode ler-se no texto.
"Apesar de o crédito malparado dos bancos (NPL) ter permanecido contido, com a maioria dos bancos ainda a reportar níveis menores ou idênticos no final de 2021, consideramos que as consequências totais da retirada das moratórias e outras medidas de apoio ainda estão por se ver no balanço dos bancos", pode ler-se numa nota da DBRS hoje divulgada.
"Esperamos que a deterioração da qualidade dos ativos seja mais visível nos bancos domiciliados nos países onde a completa recuperação económica esteja a demorar mais", refere a DBRS.
Quanto a Portugal, país de três (BCP, Novo Banco e Montepio) dos 35 bancos analisados, a DBRS assinala que os bancos "continuam com a maior proporção de moratórias garantidas face aos empréstimos brutos na amostra, representando cerca de 24% do total" no final de junho de 2021.
À percentagem dos bancos em Portugal seguem-se os bancos irlandeses (13%), espanhóis (9%), italianos (8%) e britânicos (8%), com os restantes países a registarem valores abaixo dos 5%, segundo a DBRS.
"No final do primeiro semestre de 2021, os empréstimos com moratória tinham largamente expirado na Irlanda, nos Países Baixos, na Bélgica e em França", algo que "contrasta com há um ano", segundo a DBRS Morningstar.
A agência canadiana dá ainda conta que "altos níveis permaneciam nos bancos em Portugal e na Suécia".
Dos 35 bancos da amostra da DBRS, que compreende Reino Unido, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Bélgica, em junho de 2021 "cerca de 84% (520,4 mil milhões de euros) do total de moratórias garantidas pelos bancos [...] já tinha expirado, e isto compara com 86,2 mil milhões expirados no final de junho de 2020".
"Bancos domiciliados na Finlândia, Portugal e Suécia ainda têm uma grande proporção dos empréstimos com as moratórias garantidas no final do primeiro semestre de 2021, e os bancos domiciliados na Irlanda e nos Países Baixos têm a proporção mais baixa de empréstimos ainda por pagar nessa data", pode ler-se no texto.
A análise da DBRS aborda também as moratórias nas operações financeiras estruturadas, denotando que "a Itália, o Reino Unido e Portugal têm sido as jurisdições com o maior número de pagamento reportado de moratórias nas suas carteiras".
"Itália e Portugal mostraram números consistentes à volta de 10,0% e 8,0%, respetivamente, ao passo que o Reino Unido atingiu um pico de 14,0% durante o segundo trimestre de 2020, para decrescer rapidamente depois", pode ler-se no texto.