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Crise financeira em Espanha revela problemas de fiscalização da banca

A crise financeira trouxe a público escândalos de corrupção em algumas instituições de aforro espanholas, tendo mesmo algumas chegado à barra dos tribunais, noticiou o jornal El País. Associação de Inspectores do Banco de Espanha denuncia algumas más práticas de supervisão.

06 de Janeiro de 2013 às 19:55
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Os juízes investigam apropriações indevidas de vários executivos, uma situação que tem provocado grande indignação social, agravada pelo facto de muitas das instituições bancárias exigirem ajudas públicas de muitos milhares de milhões de euros, enquanto o Estado continua a proceder a cortes de serviços públicos.

 

Esta não parece ser assim a melhor altura para deixar na gaveta a actuação do Banco de Espanha e a revisão dos sistemas de supervisão que registaram falhas evidentes, refere uma notícia publicada no El País.

 

Num relatório efectuado pela Associação de Inspectores do Banco de Espanha, o organismo denuncia as más práticas da entidade supervisora, afirmando mesmo, no último ponto do documento, que "a forma habitual de reagir perante indícios de delito é olhar para o lado".

 

A Europa exigiu no Memorando de Entendimento uma "revisão interna formal dos métodos de supervisão a fim de detectar deficiências e introduzir as necessárias alterações", acrescentam.

 

O novo governador do Banco de Espanha, Luis Linde, anunciou em Julho passado que abriria uma comissão para analisar os erros de supervisão e propor melhorias.

Ángel Luis López Roa, conselheiro do Banco de Espanha, disse que o relatório terminará em breve.

 

Em 2010 e 2011 houve propostas de sanções administrativas para a CCM e Cajasur e em 2012 houve processos contra a CAM e Banco de Valencia.

 

A Associação de Inspectores, que agrupa mais de 80 por cento destes profissionais, reconhece melhorias na supervisão mas faz duras críticas em relação à actuação de anos anteriores.

 

No último ponto intitulado "Comunicação ao poder judicial dos indícios de delitos detectados", a associação sustenta que "a forma habitual de reagir face a indícios de delito é olhar para o lado", sublinhando que no trabalho de inspecção é frequente "surgirem indícios de conduta que podem constituir delito".

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