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Cripto e NFT ainda não entraram no léxico da banca. "Tem de acontecer", diz administradora da CGD

Para a vogal da comissão executiva do banco público Madalena Talone é importante uma "parceria com as fintech" de forma a aproximar os bancos do mercado cripto e inovação financeira.

10 de Novembro de 2022 às 13:32
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Os criptoativos e os NFT (tokens não fungíveis) ainda não fazem parte do léxico da banca, mas isso "tem de acontecer", segundo afirmou Madalena Talone, vogal da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), numa conferência organizada pelo Global Media Group. A regulação pode ajudar no processo de transformação digital financeira.

"Tenho sentido da parte das 'fintech' vontade para que haja regulação", reconheceu. A administradora com a pasta da transformação e banca digital contou ainda que a sua experiência indica que há inclusivamente empresas que desejam que sejam realizadas auditorias "para quem faz bem ter este selo, de forma a que o mercado separe o trigo do joio".

 

Para Madalena Talone é importante uma "parceria com as fintech" de forma a aproximar os bancos do mercado cripto e outros ligados à inovação financeira, de forma a ter mais conhecimento sobre este tema.

"Há poucas pessoas que saibam disto e a prioridade não será ir para um banco ou grande empresa. pelo que temos de trabalhar em grande colaboração com estas empresas", acrescentou a administradora durante o painel intitulado "Digitalização, Blockchain e Criptomoedas – Avanços da pandemia e os desafios para 2023".

 

A engenheira recordou "que na edição do ano passado da Web Summit estava presente o CEO da Celsius, com uma camisola que dizia ‘banks are not a friends’ e não gostei", brincou Madalena Talone, para explicar que "é preciso trabalharmos todos em ecossistema".

 

"Ouvimos falar do tema do investimento em tecnologia e no digital. Para falarmos deste tipo de passos temos de estar digitalmente bem preparados e tem sido transversal os investimentos grandes que os bancos têm feito", referiu.

Segundo Madalena Talone, a tecnologia já é vista como parte integrante do negócio da banca, o qual "passará por este forte entrosamento" com a tecnologia. Além dos temas cripto e NFT, a economista sublinha que há outros temas à vista que requerem atenção como a Inteligência Artificial e o metaverso.

 

Também Francisco Barbeira, membro do conselho de administração do BPI, reconheceu a necessidade de dialogar com as startups. "Precisamos de empresas que vão na frente, com uma tolerância ao risco que não podemos ter", acrescentou.

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