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Constâncio: “O dinheiro estava a fugir” do Popular

Foi a fuga de depósitos que determinou a resolução do Popular. A justificação foi dada por Vítor Constâncio no final da reunião do BCE. “Não analisámos a solidez, o dinheiro estava a fugir”, justificou o vice-presidente do banco central.

Reuters
08 de Junho de 2017 às 16:53
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"Não analisámos a solidez [do Banco Popular], o dinheiro estava a fugir". Foi desta forma que Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), justificou a decisão do supervisor europeu de declarar a instituição em situação de falência, decisão que levou à sua resolução.

 

Segundo o antigo governador do Banco de Portugal, o Popular estava prestes a "não poder pagar as suas dívidas" e foi isso que o BCE se limitou a constatar. Constâncio, que falava na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do conselho de governadores, que teve lugar em Tallinn, capital da Estónia, garantiu que a única competência legal do supervisor europeu nesta operação se limita à declaração de que o banco era inviável, segundo relata o El Pais.

 

De acordo com a imprensa espanhola, o Popular ficou sem disponibilidade de liquidez às 15:00 de terça-feira, situação que desencadeou o processo que levou à resolução do banco e à sua venda ao Grupo Santander por um euro.

 

O presidente do BCE aproveitou as perguntas dos jornalistas em Tallinn para elogiar a actuação do banco de Ana Botín nesta operação. O supervisor europeu "aprecia a oportuna intervenção" do Santander, sublinhou Mario Draghi, recusando adiantar mais pormenores sobre o processo que levou à resolução do Popular.

O comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, considerou esta quinta-feira, 8 de Junho, que a compra do Banco Popular pelo Santander é um "bom exemplo" da aplicação das regras do Mecanismo Único de Resolução (MUR) bancária.

"Foi feito do dia para a noite sob grandes constrangimentos de tempo. Acreditamos que este teste foi superado com sucesso," disse Dombrovskis, numa conferência de imprensa, em Bruxelas, onde acrescentou que a operação permitiu que o banco prosseguisse "em pleno com o seu negócio."

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