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Conjuntura forçou banca a apertar critérios de crédito

A guerra na Ucrânia e o galopar dos preços está a ter um impacto na banca, ainda assim a procura permanece praticamente inalterada.

A DBRS não afasta efeitos negativos indiretos da guerra nos bancos portugueses, dado o contexto macroeconómico.
João Cortesão
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A guerra na Ucrânia e o galopar dos preços está a ter um impacto na banca que já admite que nos últimos três meses, a conjuntura económica  contribuiu para que as condições e termos do crédito ficassem mais restritivos.

 

Quando questionados pelo Banco de Portugal, se nos últimos três meses, em matéria de perceção dos riscos, a "situação e perspetivas económicas gerais" influenciaram os termos e condições aplicados aos novos empréstimos e linhas de crédito a empresas, dois dos cinco bancos inquiridos responderam que sim, no sentido de tornar os termos e condições "mais restritivos" ou de "contribuir para o aumento ligeiro dos spreads".

 

Já as restantes três instituições discordam e afirmam que tal cenário não influenciou uma maior restrição dos termos de atribuição dos empréstimos, nem um aumento ligeiro do spread.

 

Quando comparado com o último inquérito realizado em janeiro, nos últimos três meses mais um banco juntou-se ao grupo que afirma que nos últimos meses a conjuntura influenciou a concessão de crédito, tornando os termos mais apertados.

 

Ainda assim, o inquérito do Banco de Portugal revela que na opinião dos cinco bancos questionados, nos últimos três meses o número de pedidos de crédito rejeitados permaneceu inalterado quando comparado com o período anterior.

 

No que toca à procura de empréstimos nos últimos três meses, apenas um dos cinco bancos reconhece que houve um aumento ligeiro da mesma quer a curto, quer a longo prazo.

 

Numa análise face à dimensão das empresas, também uma das entidades inquiridas afirma que o crédito concedido às pequenas e médias empresas aumentou ligeiramente, enquanto no que toca às grandes empresas, os cinco são unânimes em reconhecer que a procura por novos empréstimos permaneceu inalterada.

 

O questionário foi enviado pela instituição liderada por Mário Centeno aos bancos no dia 7 de março, tendo sido recebidas as respostas até 21 de março. A avaliação da oferta e da procura refere-se ao primeiro trimestre de 2022 por comparação com o trimestre anterior. 

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