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Comissão Europeia aprova compra da Axa pela dona da Ocidental

Bruxelas deu o aval a uma operação de concentração nos seguros. A Ageas avança para a compra da Axa em Portugal. Os negócios vão manter-se separados, com a Ocidental ligada aos balcões bancários e a Axa com mediadores.

Bruno Simão/Negócios
19 de Janeiro de 2016 às 12:30
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A compra da Axa em Portugal pela dona da Ocidental pode avançar, decidiu a Comissão Europeia, depois de analisar as implicações na concorrência da operação.

 

"A Comissão concluiu que a aquisição proposta não levantaria preocupações concorrenciais, dado o limitado impacto na quota de mercado conjunta que resulta da operação e ainda devido à presença de fortes concorrentes", assinala o comunicado emitido pela Comissão Europeia esta terça-feira, 19 de Janeiro.

 

Assim, avança a operação através da qual, por 190,8 milhões de euros, a Ageas, que já detém o grupo Ocidental em Portugal, vai adquirir a Axa Portugal, anunciada no arranque de Agosto do ano passado.

 

Com a operação, o grupo belga quer expandir-se em Portugal no ramo não vida: Steven Braekeveldt, o presidente executivo, anunciou a intenção de ser o segundo na classificação, logo após a Fidelidade, quando se situava em sexto lugar antes da compra. Para isso, um dos primeiros objectivos da Ageas era promover a viragem da Axa, que tem apresentado continuados prejuízos.

 

Na entrevista ao Negócios dada em Agosto, Braekeveldt afirmou que a Axa tinha sido alvo de aquisição porque tinha sido a primeira a surgir no mercado. Contudo, não fechou as portas a outras aquisições, falando, na altura, na Açoreana e na Lusitânia. O grupo belga não está na corrida final pela Açoreana, seguradora que partilhava os principais accionistas com o Banif, e o processo da Lusitânia, da mutualista Montepio Geral, nunca deixou o campo das especulações para a realidade.

 

Com a transacção com a empresa francesa, notificada a Bruxelas a 11 de Dezembro, a Ageas quer manter os negócios entre os dois grupos separados: a Ocidental, historicamente ligada ao BCP (que continua a ser accionista minoritário no ramo vida), vai manter o banco como o canal de distribuição de seguros; a Axa vai manter a sua aposta nos canais de mediação e de seguro directo, como disse o responsável pelo pelouro financeiro, Julian Harvey, à Lusa na semana passada. 

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