A CMVM emitiu esta manhã um comunicado a ordenar a suspensão das transacções do BCP e do BPI. Antes do anúncio, as acções do BCP estavam a subir 5,04% para 8,76 cêntimos. Já a cotação do BPI valorizava 6,76% para 1,452 euros.

Ambas as cotadas chegaram a valorizar mais de 9% durante esta manhã. O banco liderado por Nuno Amado alcançou assim um máximo desde Outubro de 2014, enquanto o BPI atingiu um máximo desde Dezembro.

O volume de transacções registado também foi muito superior ao normal. Durante a sessão foram negociadas 553 milhões de acções do BCP, quando a média dos últimos seis meses é de 392 milhões. Por seu turno, 7,2 milhões de acções do BPI trocaram de mãos, um valor acima dos 3,4 milhões registados no último semestre.

A suspensão aconteceu depois da Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM) ter ordenado à Euronext Lisbon a suspensão imediata da negociação das acções do BCP e do BPI. O regulador de mercado aguarda agora a divulgação de informação da parte deste último relativamente à proposta de fusão entre os dois bancos promovida por Isabel dos Santos.

O supervisor tinha já esta manhã notificado o BCP e o BPI para divulgarem a carta de Isabel dos Santos, conforme noticiou o Negócios.

O banco liderado por Nuno Amado emitiu pelas 12h30 um comunicado onde informa ter recebido hoje uma carta da Santoro fazendo a "promoção junto das administrações do Banco BPI e Millennium bcp da análise de uma operação de fusão entre as duas entidades." O conteúdo integral da carta não foi, contudo, divulgado.

Ao mesmo tempo, o BCP disse que está disponível para analisar a fusão com o BPI, caso o banco liderado por Fernando Ulrich esteja interessado nesta operação.