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Paulo Macedo: CGD tem "margens de 1% a 2% contra 15% do gel desinfetante"

O presidente da Caixa, Paulo Macedo, alertou para o período difícil que a banca irá enfrentar, num cenário marcado pela pandemia e baixas taxas de juro.

#10 - Paulo Macedo
18 de Setembro de 2020 às 17:23
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Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), alerta para as dificuldades que a banca está a enfrentar, num período marcado pelo forte impacto da pandemia que se vem juntar a um cenário de baixas taxas de juro.

A CGD "está consciente do seu papel em termos de banco de capitais públicos, num contexto particularmente desafiante de pandemia, aliado às mais baixas taxas de juro de sempre" que impactam "fortemente em baixa a rentabilidade dos capitais próprios, com margens de 1% a 2% contra margens do gel desinfetante de 15% e outros produtos", disse o presidente executivo do banco estatal. 

As declarações foram feitas durante um Encontro Fora da Caixa, num evento que conta com a presença de António Costa Silva para explicar o documento sobre a Visão Estratégica para a Recuperação Económica de Portugal 2020-2030. 

O gestor garante, por outro lado, que o banco que lidera está agora "melhor preparado" para enfrentar esta nova crise do que estava na crise anterior apesar de esta poder vir a "ter outra dimensão".

"Alterámos estruturalmente o banco em termos de risco, fizemos o 'turnaround' do banco com quatro anos de resultados positivos após seis anos de resultados negativos", disse Paulo Macedo, notando que, "no final deste ano, devemos absorver os prejuízos de 2016".

A Caixa registou, nesse ano, um resultado negativo de perto de 1.800 milhões de euros. O banco tem vindo, pouco a pouco, a regressar aos lucros. No final de 2019, lucrou 800 milhões de euros, naquele que foi o melhor resultado em mais de uma década.
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