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CGD tem de manter liderança mas fusões de outros bancos podem estragar plano

"Se o Santander continuar a adquirir banco atrás de banco, a Caixa perderá a liderança, independentemente da gestão", frisou Paulo Macedo em relação ao plano estratégico do banco público até 2020.

Miguel Baltazar
21 de Março de 2018 às 18:37
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A Caixa Geral de Depósitos tem, como objectivo inscrito no plano estratégico até 2020, manter a posição de liderança nos vários indicadores, nomeadamente em vários segmentos de crédito. Paulo Macedo assume que é ambicioso, mas admite que tudo dependerá, também, das movimentações na concorrência.

 

"A liderança da Caixa depende numa grande parte de si, mas [também] de todos os outros. Se o Santander continuar a adquirir banco atrás de banco, a Caixa perderá a liderança, independentemente da gestão", declarou o presidente executivo da instituição financeira esta quarta-feira, 21 de Março, na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

 

A ideia de consolidação na concorrência foi referida por várias vezes por Paulo Macedo, na audição que ocorreu a pedido do Bloco de Esquerda. "Depende do que os outros bancos fazem. Se os outros bancos amanhã se fundem, se fazem loucuras de preços, não depende apenas da CGD", acrescentou.

 

Não foi a única vez que  referiu: "Há uma coisa que a Caixa não controla: é o que os seus concorrentes fazem e o que outras entidades decidem em termos de fusões e aquisições". Em Portugal, o Santander Totta adquiriu o Banif e o Popular, na sequência de medidas de resolução.

 

"O que está previsto no plano estratégico, mantendo-se as condições actuais, é que a Caixa chegará a 2020 com um conjunto de activos, em termos de crédito, que permitirá continuar a ter liderança em vários dos seus segmentos", especificou Paulo Macedo aos deputados.

 

O plano estratégico do banco público assumido pelo Estado português junto da Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia prevê a diminuição da estrutura na actividade nacional, mas a manutenção da liderança, acompanhada por um corte da presença internacional.

 

Em relação à redução de pessoal inscrita no plano estratégico, o antigo ministro da Saúde, que entrou para a CGD em Fevereiro de 2017, afirmou que era "totalmente compatível" com a sua missão. "A liderança no futuro depende muito menos de balcões e depende muito mais da digitalização", disse.

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