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CGD: "Não costumamos financiar carteiras"

Paulo Macedo, presidente da CGD, garante que as vendas de carteiras na Caixa envolvem um processo de escrutínio de maneira a identificarem os compradores destes ativos. E que estas operações traduziram-se em ganhos.

Paulo Macedo dizia em fevereiro que o plano estava a ser cumprido com sucesso.
João Relvas/Lusa
31 de Julho de 2020 às 18:06
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A Caixa Geral "não costuma" financiar carteiras de ativos. A garantia foi dada por Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depóistos, na conferência de imprensa de resultados para o primeiro semestre. Isto depois de o Público ter avançado que o Novo Banco

"Não costumamos financiar carteiras. Não costumamos fazer esse tipo de negócio", afirmou Paulo Macedo aos jornalistas, depois de o banco que lidera ter apresentado uma quebra dos lucros de 41% nos primeiros seis meses do ano. 

O gestor explicou ainda que, nestas operações, há um escrutínio significativo quanto às entidades a quem as carteiras são vendidas. "Relativamente a cada entidade com que se transaciona valores significativos faz-se sempre a identificação da estrutura acionista e dos beneficiários efetivos", disse Macedo. 

Para isso, o banco estatal recorre a várias bases de dados, nomeadamente internacionais. É nesse processo que a CGD tenta identificar entidades e pessoas que tenham sido alvo de sanções, que possam "inviabilizar negócios com a Caixa". 

Além disso, a direção de "compliance" faz ainda "pesquisas na internet sobre ligações, [para ver] se há notícias positivas, negativas", explicou Paulo Macedo, notando que quando estas operações chegam à chamada "short list" há ainda uma "identificação mais exaustiva" destes potenciais compradores. 
"As vendas que a Caixa fez de algumas carteiras fez apenas a sociedades e veículos sediados na União Europeia", como Irlanda ou Luxemburgo. "Não temos entidades nas Ilhas Caimão ou noutros sítios", afirmou Paulo Macedo, notando que a Caixa "teve ganhos na generalidade das vendas e não perdas".

As declarações de Paulo Macedo são feitas depois de o Público ter avançado que o Novo Banco vendeu uma carteira de imóveis a um fundo de investidores anónimos a quem deu também crédito. 
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