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CGD já concedeu quase 30 mil moratórias do Estado

Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, garante que o banco tem mais de 10 mil milhões de euros para responder à crise financeira.

David Cabral Santos/Cofina
22 de Abril de 2020 às 10:06
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) já concedeu quase 30 mil moratórias do Estado, num total de 2,4 mil milhões de euros, para apoiar as famílias e empresas que estão a ser mais penalizadas pelo impacto da pandemia na economia. 

A Caixa já deu mais de 20 mil moratórias legais às famílias, num total de 1,4 mil milhões de euros. Já junto das empresas, o número de pedidos é de 9.600, num montante de perto de mil milhões, detalhou Paulo Macedo, presidente da CGD, na comissão de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira, no âmbito de um requerimento do CDS. O gestor não disse, porém, quantas moratórias do banco é que já foram concedidas. 

Além de Paulo Macedo, os deputados chamaram ainda ao Parlamento os responsáveis do BPI, BCP, Santander e do Novo Banco. O objetivo foi perceber como estão a funcionar as medidas que estão a ser adotadas para ajudar as famílias e empresas afetadas pela pandemia, bem como o papel dos bancos nesta crise. 

Quanto ao financiamento às empresas, através das linhas de crédito, o gestor alerta: "não se confunda que os bancos devem dar dinheiro sem informação ou qualquer exigência. Se não é o mesmo que dar em vez de emprestar". A Caixa "não tem a responsabilidade de emprestar dinheiro a quem não tem capacidade de pagar", realçou, relembrando os "sete mil milhões de euros de imparidades no passado. Isso deixou bastante evidente de que deve existir uma análise de risco adequada".

Caixa cria linha para microempresas
De acordo com Paulo Macedo, o banco concedeu 1,8 mil milhões de euros em novo financiamento nos últimos meses, marcados já pelo impacto da pandemia. Já nas "linhas Covid temos 4,3 mil milhões de euros aprovados no total de 26 mil operações". No total, o banco estatal tem 10,7 mil milhões de euros - cerca de 35 mil operações - para responder à crise financeira. 

O gestor referiu ainda que o banco que lidera tem uma capacidade adicional de liquidez de 13 mil milhões de euros, dependendo do rácio de transformação da Caixa. 

Na primeira linha covid-19, de 400 milhões de euros, a CGD teve uma quota muito reduzida. Neste sentido, Paulo Macedo revelou, na mesma audição, que o banco vai abrir uma linha de  430 milhões apenas para microempresas. Uma linha que não será garantida pelo Estado. "Tem condições diferentes porque não temos ninguém a garantir-nos 80% ou 90%", disse.

(Notícia atualizada.)
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