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Carlos Costa antecipa anos "desafiantes" na "salvaguarda da estabilidade financeira"

No Parlamento, o governador do Banco de Portugal disse que a União Bancária ainda tem "lacunas e limitações", o que "dificulta o papel das autoridades nacionais, (...) responsáveis pela estabilidade financeira" a nível nacional.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Julho de 2016 às 12:07
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A intervenção do Banco de Portugal (BdP) no BES, em 2014, e no Banif, em Dezembro de 2015, implicou a mobilização de boa parte dos recursos do supervisor ao longo do ano passado, referiu hoje o governador, Carlos Costa.

"As actividades relacionadas com a implementação das medidas de resolução, com a actuação sancionatória inerente e com o processo de alienação do Novo Banco continuaram a mobilizar uma parte muito significativa dos recursos do Banco de Portugal", afirmou o líder do supervisor no parlamento.

Carlos Costa, que está hoje a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), numa reunião ordinária relacionada com o plano de actividades do BdP, sublinhou que na intervenção de hoje não se ia debruçar sobre estes processos, uma vez que foram alvo de comissões parlamentares de inquérito específicas.

O governador admitiu que o ano passado foi "muito exigente" para o BdP no "domínio da salvaguarda da estabilidade financeira", e antecipou que os próximos anos "serão igualmente desafiantes".

Isto, porque "a União Bancária é uma realidade em construção", assinalou, salientando que é um processo que ainda tem "lacunas e limitações na arquitectura institucional, nas regras e nos instrumentos".

E realçou: "Esta realidade dificulta o papel das autoridades nacionais, que permanecem responsáveis pela estabilidade financeira no plano nacional".

Segundo Carlos Costa, "apesar de já existir um sistema de supervisão europeu, falta criar um sistema comum de garantia de depósitos e a capacidade do Fundo de Resolução Europeu precisa igualmente de ser reforçada".
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