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Carlos Tavares transforma antigo Finibanco em BEM

O Montepio Investimento, herdeiro do Finibanco, vai mudar de nome e centrar-se, sobretudo, na banca de empresas. O objectivo é que esteja em funcionamento no primeiro trimestre. Terá 11 administradores, no máximo.

Lusa
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 07 de Dezembro de 2018 às 10:42

BEM – Banco de Empresas Montepio. É este o nome que, segundo o Eco e o Jornal Económico, Carlos Tavares quer dar ao actual Montepio Investimento, que ficou com a licença do Finibanco após a aquisição de 2010, e que o gestor quer transformar numa instituição dedicada à banca de empresas. Um banco que esteve para acabar, inclusive este ano. 

 

"Está a nascer um projecto original na banca de empresas em Portugal", responde a instituição, contactada pelo Negócios, remetendo mais explicações para breve.

 

Segundo o Eco, a informação foi transmitida pelo presidente do agora designado de Banco Montepio, Carlos Tavares, num encontro com trabalhadores onde transmitiu novidades sobre o seu plano de transformação. A ideia é que esta seja uma entidade para pequenas e médias empresas, com volume de negócios até 100 milhões de euros.

 

São três as áreas de negócio neste banco, segundo o Jornal Económico: corporate (dedicado a operações de crédito e outras); banca de investimento (mercado de capitais, "research"); e ainda risco e compliance (análise especializada e apoio jurídico). O BEM terá um máximo de 11 administradores (alguns em comum com o Banco Montepio, outros não executivos independentes), isto quando a accionista, Caixa Económica Montepio Geral, tem já 13 administradores, espera por nomes para ficar com 15 e pode mesmo ficar, segundo a última alteração de estatutos, ter um conselho com tantos membros como o BCP. 

 

Esta entidade estará em actividade no primeiro trimestre de 2019, segundo o Jornal Económico. Funcionará, diz o Eco, através de 21 centros de empresas, bem como dos balcões do banco (consoante o número de PME no balcão). 

 

A reconversão do Montepio Investimento já tinha sido anunciada pelo ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (que ficará em funções seja quem for o presidente eleito para a accionista Montepio Geral – Associação Mutualista), que está a enveredar por um caminho distinto da anterior gestão. José Félix Morgado estava a centrar-se na banca tradicional e previa até eliminar esta entidade. Tavares quer também dar uma nova força ao Montepio Crédito, que também estava esvaziado.

 

O BEM virá da reconversão do Montepio Investimento, que tem origem no Finibanco, que pertence ao Montepio desde 2010 por via da oferta pública de aquisição avaliada em 341,25 milhões de euros. Na altura, as carteiras de crédito e de depósitos dos clientes da banca de retalho daquela entidade foram integradas na Caixa Económica Montepio Geral, sendo que a entidade inicial – depois denominada Montepio Investimentos – ficou apenas com imóveis, resultantes de resoluções de crédito, e a área de locação financeira. A entidade detinha um activo de 277 milhões em 2016.

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