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CaixaBank reorganiza gestão acomodando BPI

O CaixaBank reorganizou as suas direcções, acomodando já a atribuição a Pablo Forero da responsabilidade do BPI.

Reu
Negócios 01 de Dezembro de 2016 às 16:16
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A comissão executiva do CaixaBank aprovou a atribuição de novas responsabilidades ao comité de direcção.


Pablo Forero, que até agora desempenhava a função de director da área de riscos, mantém-se como director-geral do CaixaBank e membro do comité de direcção, mas vai ampliar a sua abrangência para se dedicar ao BPI, do qual foi recentemente nomeado administrador.


O anúncio foi feito esta quinta-feira, 1 de Dezembro, pela entidade catalã.


A direcção de riscos ficará agora atribuída a Jordi Mondéjar, que assumirá a filial imobiliária Building Center, já que esta fica dependente da sua direcção.


Matthias Bulach será o novo director executivo de intervenção, controlo de gestão e capital e María Luisa Martínez Gistau será responsável pelas áreas de comunicações, relações institucionais, marcas.

As mudanças acontecem durante o decorrer da OPA do CaixaBank ao BPI, do qual já controla 45,5%. E que aguarda ainda algumas aprovações regulatórias para poder prosseguir.

Antes, o BPI deverá concluir a aprovação para vender 2% do BFA à Unitel. Para a qual está marcada a assembleia-geral de 13 de Dezembro, depois de suspensa no passado dia 23 de Novembro, e para surpresa de muitos dos accionistas. Foi o CaixaBank que pediu a suspensão da assembleia, tendo justificado com a intenção de esperar "mais alguns dias para ver se é possível ter a confirmação, por parte do BCE, sobre se a venda de 2% do BFA é suficiente para solucionar o excesso de concentração de riscos do BPI em Angola", garantiu a instituição espanhola, em comunicado.


Mas um dos accionistas, Tiago Violas Ferreira, administrador da Violas Ferreira Finance, que detém 2,681% do BPI, já veio questionar a veracidade do argumento apresentado para se adiar a venda de 2% do BFA à Unitel. Num artigo de opinião no Negócios, explica que "quando interrogado sobre as dúvidas do CaixaBank e o que aconteceria em caso de resposta negativa do BCE, o presidente da comissão executiva apressou-se a dizer que em todos os contactos mantidos entre o BPI e o BCE, lhes foi garantido que este formato responde a todas as suas exigências, embora não haja ainda uma confirmação escrita formal, o que se aguarda".

Por isso, deixa a dúvida. Diz ter voltado a ler a carta que o BPI enviou à Unitel a 20 de Setembro, tendo constatado que, nessa missiva, a venda dos 2% do BFA ficaram dependentes do pagamento ao BPI, "até ao dia 9 de Dezembro", 66 milhões de dividendos de 2014 e 2015, mais 30 milhões de dólares da última tranche da venda inicial de 2008.


"Pode ser, e é até bastante provável, que a verdadeira razão do adiamento desta AG para o próximo dia 13 de Dezembro de 2016 seja aguardar pela confirmação do pagamento destes montantes ao BPI", acrescenta Violas no artigo.

No âmbito do contrato estabelecido com a Unitel, a aprovação por parte da assembleia-geral terá de acontecer até 15 de Dezembro.

 

 

 

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