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CaixaBank: BPI é “bem gerido” mas “tem problemas de eficiência”

O CaixaBank já implementou um plano para aumentar as receitas do BPI, tendo assumido que quer melhorar a operação em Portugal, no início de Abril. O administrador financeiro do banco catalão reitera esta visão, considerando que a instituição portuguesa é “bem gerida” mas “tem problemas de eficiência”.

Reu
17 de Abril de 2017 às 10:34
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O administrador financeiro do CaixaBank, Javier Pano, tece rasgados elogios ao BPI, mas diz que é preciso melhorar a eficiência da instituição portuguesa. O "negócio funciona muito bem. A rede tem uma grande actividade comercial e há um dia-a-dia em que estamos focalizados. É um banco bem gerido, sem problemas de solvência ou liquidez, que é o principal numa empresa financeira, mas tem um problema de eficiência", sublinhou o responsável, numa entrevista ao El Economista, publicada este domingo.

 

Questionado sobre a possibilidade de novas operações em Portugal, o responsável sublinha que "o foco do CaixaBank está no BPI. Deram-nos as chaves apenas há dois meses e estamos centrados em crescer de forma orgânica".

 

Javier Pano diz que a preocupação do banco catalão, de uma forma geral, é "a melhoria da eficiência. Não há passo seguinte, agora estamos nisto. É difícil pensar qual vai ser o próximo movimento se é que vai" haver. "Se houver oportunidades, chegado o dia avalia-se, mas hoje não há nada", afirmou, sublinhando que este cenário é válido também para Espanha, onde se noticiou que era possível que o CaixaBank comprasse o Popular. "Em Espanha também temos o foco no crescimento orgânico", salientou.

 

No dia 6 de Abril, o CaixaBank esteve reunido com os seus accionistas, tendo apresentado um plano, já em curso, "de 100 dias para melhorar a operação e o serviço, reduzir custos e, acima de tudo, aumentar as receitas" do BPI.

 

O presidente não executivo do banco catalão, Jordi Gual, disse então aos accionistas que o banco está "muito satisfeito por ter completado com êxito a compra do BPI, a número 80 da história da entidade e que nos converte no primeiro banco ibérico tanto em activos como no volume de negócios e agências. O BPI é um projecto que criará valor de forma sustentável para os nossos accionistas e para os do BPI", realçou.

 

O CaixaBank concretizou a compra do BPI em Fevereiro, tendo ficado com 84,51% do capital da instituição liderada por Fernando Ulrich. Os catalães, que ofereceram 1,113 euros por cada acção do banco português, investiram 644,5 milhões de euros, para comprarem 568 milhões de acções. Esta aquisição ditou a saída de accionistas do BPI, como Isabel dos Santos, e a redução para posições reduzidas de outros investidores, com o grupo Violas.


A compra do BPI por parte do CaixaBank ditou também alterações ao nível da gestão. A presidência executiva deixa de estar nas mãos de Fernando Ulrich e passa para Pablo Forero. Santos Silva fica como presidente honorário.

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