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Caixa vai fechar 70 a 80 balcões e avançar com mais de 500 rescisões

Em entrevista ao ECO24, Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, revelou detalhes do plano de redução de custos que o banco público está a aplicar.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 29 de Março de 2018 às 09:28
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A Caixa Geral de Depósitos vai encerrar entre 70 e 80 balcões este ano. A informação foi avançada pelo presidente do banco público, Paulo Macedo, em entrevista ao Eco e à TVI24, esta quinta-feira, 29 de Março. O plano de redução de custos implica avançar com mais de 500 rescisões, confirmou.

"Será entre 70 e 80, em 2018. Está no plano. Não há nenhuma alteração", respondeu Paulo Macedo, sobre o fecho de balcões, defendendo que "é um número semelhante ao do ano anterior." O presidente da CGD não avançou detalhes os balcões em causa, mas deu conta dos critérios utilizados para escolher os que vão fechar.

"Os critérios são os da rendibilidade negativa, em segundo lugar, da proximidade e da localização de outros bancos, a distância do banco mais próximo da Caixa, e qual é a oferta existente. E um critério adicional que é a Caixa ter uma oferta junto das universidades, um mercado que queremos continuar a manter e onde temos um maior investimento", explicou Paulo Macedo.

Sobre a redução do número de trabalhadores que este plano de encerramentos implicará, Paulo Macedo confirmou que o número será superior ao do ano passado. "No ano passado tivemos cerca de 500 e pouco e, este ano, vamos ter um pouco mais", disse. Mas desvalorizou a questão, notando que o plano de rescisões a quatro anos implica um menor número de saídas do que as anunciadas por outros bancos e garantindo que em 2017 o número de pessoas que se candidataram para sair da Caixa foi superior ao objectivo traçado.

Tal como o Negócios já tinha noticiado, o plano de rescisões previsto para 2018 tem como objectivo reduzir o número de trabalhadores em 571, para 7.750, na actividade nacional.

Para quem fica, Paulo Macedo abriu a porta a aumentos salariais. "Há abertura para haver aumentos salariais. Inclusivamente já descongelamos parte das carreiras", assegurou o presidente da CGD, adiantando que já foram promovidas "mais de 2.200 pessoas".
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