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Caixa avança com novo plano de rescisões amigáveis

A CGD fechou 2017 com 8.321 trabalhadores em Portugal. Este ano, têm de sair 571 trabalhadores. As reformas antecipadas e as rescisões vão acontecer. As condições são as mesmas do ano passado.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Fevereiro de 2018 às 18:53
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A Caixa Geral de Depósitos vai avançar com um novo plano de rescisões amigáveis sendo que, segundo a instituição financeira, as condições oferecidas são as mesmas que tiveram lugar no ano passado.

               

A revelação é feita num comunicado da Febase, federação que junta os sindicatos da UGT, após uma reunião que teve lugar a 19 de Fevereiro. "Confirmamos que foi comunicado hoje aos colaboradores as condições do programa de rescisões por mútuo acordo para 2018", adianta fonte oficial da instituição bancária ao Negócios quando questionada esta terça-feira, 27 de Fevereiro. 

 

Ainda no início de Fevereiro, quando apresentou o regresso aos lucros da Caixa, o presidente executivo da instituição financeira, Paulo Macedo (na foto), afirmou que ainda estava a ser estudada a necessidade de seguir este plano, mas ainda não havia decisão. 

 

No comunicado da Febase é referido que a CGD vai iniciar um novo plano de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, no âmbito do plano estratégico que foi acordado no ano passado. 

 

Condições iguais a 2017

 
Em relação às condições oferecidas, "não há novidades em relação ao ano passado", diz o banco.

No campo das rescisões amigáveis, a instituição financeira avança com a proposta de 2,1 meses por ano de trabalho para os trabalhadores inscritos na Caixa Geral de Aposentações e de 1,6 meses por ano de trabalho para os que estão inscritos no regime geral da Segurança Social – os primeiros não têm acesso a subsídio de desemprego, pelo que a compensação é superior.

 

"Em matéria de saúde, a CGD propõe um ajustamento de 0,4% para os trabalhadores que pretendam manter o direito aos Serviços Sociais e de 0,2% para os que optem por um seguro de saúde", revela a nota da Febase. 

 

O banco público teve lucros de 52 milhões de euros, sendo que este valor foi pressionado por provisões de 193 milhões, para precaver os custos com os programas de redução da estrutura (fecho de balcões e redução de pessoal), que se iniciou no ano passado e se estende até 2020. 

 

CGD tem de fechar ano com 7.750 trabalhadores

 

No final do ano passado, verificou-se uma redução de 6% da força de trabalho na actividade nacional da Caixa. Fechou 2017 com 8.321 trabalhadores, sendo que o quadro de pessoal contava com 8.868 funcionários. Saíram, portanto, 547 profissionais.

 

O plano estratégico da CGD tem como um dos pilares o foco na redução da operação doméstica, sendo que uma das metas é ter um quadro de pessoal na actividade nacional de 7.750 no final deste ano (6.650 em 2020). Quer isto dizer que este ano têm de sair 571 trabalhadores.



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