Notícia
Caixa garante ter contratos de todos os créditos e legitimidade para os recuperar
Esclarecimento é feito depois de a EY ter admitido que não lhe foi disponibilizada documentação relativa a contratos de quatro dos 25 créditos mais problemáticos identificados na auditoria que realizou à CGD.
27 de Março de 2019 às 11:34
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) garantiu hoje ter contratos de todos os créditos e legitimidade para os recuperar, numa referência aos contratos de quatro dos 25 créditos mais problemáticos identificados numa auditoria feita pela EY.
"A CGD confirma a formalização contratual respeitante aos quatro créditos mencionados como parte do 'top' 25 do relatório de auditoria da EY", esclareceu fonte oficial da CGD.
O esclarecimento surge na sequência da audição na terça-feira da EY na comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco público.
"A CGD esclarece ainda que das 60 operações referidas na audição, apenas 24 tinham exposição à data de dezembro de 2015, confirmando a CGD que tem os documentos contratuais que identificam e legitimam integralmente a sua posição e direitos", informa a mesma fonte.
Na terça-feira, a auditora EY admitiu que não lhe foi disponibilizada documentação relativa a contratos de quatro dos 25 créditos mais problemáticos identificados na auditoria que realizou à CGD.
Nessa ocasião, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles questionou Florbela Lima, 'partner' da EY: "Alguma informação tem de haver para se saber que existem devedores. O que pergunto é se há contratos assinados ou não há contratos assinados?".
"Relativamente a contratos, pareceres, despachos, no fundo a informação mínima crítica considerada por nós relevante para fazer a análise (...), ela não nos foi disponibilizada", referiu Florbela Lima.
Cecília Meireles apelou a Florbela Lima para que percebesse a "estranheza", uma vez que sem contratos, "no limite, esta pessoa pode nem ser devedora".
"Eu não estou a dizer que não existe contrato, estou a dizer que o contrato não nos foi disponibilizado", ressalvou a responsável da auditora EY.
Florbela Lima referiu ainda que a documentação trazida da Caixa foi a "original, à data", e que "a informação não estava lá", perante uma pergunta da deputada centrista sobre se o banco público não mantinha a informação noutro suporte.
"Independentemente de o Ministério Público precisar desta informação, eu presumo que a Caixa continue a tentar recuperar os créditos. Como é que o pode fazer sem suporte documental?", perguntou Cecília Meireles.
"Essa informação não estava disponível na Caixa Geral de Depósitos e não nos foi disponibilizada", insistiu a 'partner' da EY, incluindo, "em particular", a que estava no Ministério Público.
Para Cecília Meireles, "o facto de [o contrato] não ter sido disponibilizado é um indício bastante forte de que ele não existe".
No esclarecimento, a mesma fonte oficial reitera que "das 60 operações que vêm de há muitos anos, em dezembro de 2015, data em que termina o período de análise da EY, já só estão vivas 24 operações", pois "as restantes já estavam resolvidas".
"Das 24, a Caixa tem contratos de todas elas, sendo que, por essa ordem, tem também os contratos das quatro operações referidas pela EY do 'top' 25 dos maiores credores", reafirma o banco público.
"A CGD confirma a formalização contratual respeitante aos quatro créditos mencionados como parte do 'top' 25 do relatório de auditoria da EY", esclareceu fonte oficial da CGD.
"A CGD esclarece ainda que das 60 operações referidas na audição, apenas 24 tinham exposição à data de dezembro de 2015, confirmando a CGD que tem os documentos contratuais que identificam e legitimam integralmente a sua posição e direitos", informa a mesma fonte.
Na terça-feira, a auditora EY admitiu que não lhe foi disponibilizada documentação relativa a contratos de quatro dos 25 créditos mais problemáticos identificados na auditoria que realizou à CGD.
Nessa ocasião, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles questionou Florbela Lima, 'partner' da EY: "Alguma informação tem de haver para se saber que existem devedores. O que pergunto é se há contratos assinados ou não há contratos assinados?".
"Relativamente a contratos, pareceres, despachos, no fundo a informação mínima crítica considerada por nós relevante para fazer a análise (...), ela não nos foi disponibilizada", referiu Florbela Lima.
Cecília Meireles apelou a Florbela Lima para que percebesse a "estranheza", uma vez que sem contratos, "no limite, esta pessoa pode nem ser devedora".
"Eu não estou a dizer que não existe contrato, estou a dizer que o contrato não nos foi disponibilizado", ressalvou a responsável da auditora EY.
Florbela Lima referiu ainda que a documentação trazida da Caixa foi a "original, à data", e que "a informação não estava lá", perante uma pergunta da deputada centrista sobre se o banco público não mantinha a informação noutro suporte.
"Independentemente de o Ministério Público precisar desta informação, eu presumo que a Caixa continue a tentar recuperar os créditos. Como é que o pode fazer sem suporte documental?", perguntou Cecília Meireles.
"Essa informação não estava disponível na Caixa Geral de Depósitos e não nos foi disponibilizada", insistiu a 'partner' da EY, incluindo, "em particular", a que estava no Ministério Público.
Para Cecília Meireles, "o facto de [o contrato] não ter sido disponibilizado é um indício bastante forte de que ele não existe".
No esclarecimento, a mesma fonte oficial reitera que "das 60 operações que vêm de há muitos anos, em dezembro de 2015, data em que termina o período de análise da EY, já só estão vivas 24 operações", pois "as restantes já estavam resolvidas".
"Das 24, a Caixa tem contratos de todas elas, sendo que, por essa ordem, tem também os contratos das quatro operações referidas pela EY do 'top' 25 dos maiores credores", reafirma o banco público.