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PSD e CDS pedem à CGD que entregue documentação em falta 

Além dos contratos em falta relativo a alguns dos créditos da CGD, os deputados querem que o Banco de Portugal entregue o relatório conhecido como "Costa Pinto" ao Parlamento. Governador recusa.

Tiago Sousa Dias
27 de Março de 2019 às 18:18
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O PSD e o CDS querem que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) entregue a documentação em falta aos deputados da nova comissão parlamentar de inquérito. Isto depois de a EY ter afirmado ontem que não conseguiu localizar os contratos de quatro dos 25 créditos mais problemáticos do banco estatal. Os deputados querem ainda que o Banco de Portugal entregue ao Parlamento o chamado relatório "Costa Pinto" sobre a resolução do BES, mas Carlos Costa volta a recusar o pedido por ser um "documento interno".

 

Foi na audição com a auditora que a deputada do CDS-PP Cecília Meireles questionou Florbela Lima, 'partner' da EY: "Alguma informação tem de haver para se saber que existem devedores. O que pergunto é se há contratos assinados ou não há contratos assinados?".

"Relativamente a contratos, pareceres, despachos, no fundo a informação mínima crítica considerada por nós relevante para fazer a análise (...), ela não nos foi disponibilizada", referiu Florbela Lima.

 

A CGD reagiu de seguida, garantindo ter contratos de todos os créditos e legitimidade para os recuperar."A CGD confirma a formalização contratual respeitante aos quatro créditos mencionados como parte do 'top' 25 do relatório de auditoria da EY", esclareceu fonte oficial da CGD.

 

Neste sentido, João Almeida, enquanto deputado relator, mas também o grupo parlamentar do PSD pediram que o banco estatal entregue os contratos em falta. "Se a CGD os tem, tem de os enviar imediatamente à comissão", afirmou o deputado do CDS-PP.

Carlos Costa nega acesso ao relatório sobre o BES

 

Isto além do chamado relatório "Costa Pinto" sobre a resolução do Banco Espírito Santo, que não é conhecido até hoje. Mas Carlos Costa já fez saber, mais uma vez, que não irá dar acesso por ser um "documento interno" que "está protegido pelas regras do sistema dos bancos centrais". 

As regras "visam salvaguardar a independência e reflexão da supervisão" dos bancos centrais, explicou o responsável, esclarecendo que o relatório em causa "não tem nada a ver com a resolução do BES" e que foi pedido pelo governador para uma reflexão sobre os critérios de supervisão.

 

O pedido foi feito no arranque da audição ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Na quinta-feira será a vez de Vítor Constâncio, antigo governador, responder aos deputados.

(Notícia atualizada às 22h41 com mais informação)

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