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Caixa entregou 712,6 milhões em dividendos ao Estado este ano. Só sai do edifício sede em 2026

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) entregou esta terça-feira o maior dividendo de sempre ao Estado, informou a instituição presidida por Paulo Macedo.

Rodrigo Antunes / Lusa
26 de Setembro de 2023 às 19:25
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) pagou esta terça-feira ao Estado o maior dividendo de sempre – 712.653.429 euros –, indicou o banco público em comunicado. O dividendo, que o banco liderado por Paulo Macedo sublinha ser “um dos maiores alguma vez pago na banca portuguesa”, divide-se entre 351.650.695 euros em numerário e na entrega do seu edifício sede, em Lisboa, avaliado em 361.002.734 euros.

A entrega do dividendo ocorre após “cumpridas todas as condições deliberadas em assembleia geral, de dia 29 de junho de 2023, nomeadamente as necessárias autorizações por parte do Banco Central Europeu, na sua qualidade de entidade de supervisão”.

A CGD destaca que com o pagamento deste dividendo já devolveu ao Estado 1.675 milhões dos 2.500 milhões de euros injetados no banco público no processo de recapitalização, em 2017.

O conselho de administração indica que o objetivo é devolver a totalidade dos 2.500 milhões, ou seja, os 825 milhões em falta, até 2025.

Banco público só sai do edifício sede em 2026

No mesmo comunicado, a Caixa Geral de Depósitos refere ainda que se irá manter no edifício sede, como inquilina, até 2026, podendo este prazo ser estendido até meados de 2027. O banco revela também que já desocupou cerca de 32 mil metros quadrados do edifício.

No final de junho, a CGD comunicou ao mercado que a sede vale 361 milhões de euros. Na assembleia geral realizada a 29 de junho, um dos pontos aprovados foi a transferência para o acionista Estado da propriedade do edifício sede sob a forma de uma distribuição adicional de dividendos em espécie. Este valor foi determinado pelo resultado da média de três avaliações independentes.

Esta operação tinha observado todos os procedimentos exigidos em transações entre partes relacionadas e alinhados com as práticas e condições de mercado, segundo garantiu na altura a instituição financeira liderada por Paulo Macedo, acrescentando que a distribuição tinha de receber ainda a autorização do BCE, bem como de passar por todos os trâmites legais inerentes à transmissão do imóvel. Foram estes passos que foram entretanto dados.

Na apresentação dos resultados de 2022 – ano em que registou um lucro de 843 milhões de euros, numa subida anual de cerca de 45% –, Paulo Macedo já adivinhava um “dividendo fantástico”, composto pelos 350 milhões de euros a pagar em numerário (a Assembleia aprovou uma entrega ligeiramente superior, de 351 milhões), ao qual se veio a somar o imóvel.

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