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Bruxelas reitera que não interferiu no caso Banif
A comissária europeia da concorrência rejeitou a intervenção de Bruxelas no desfecho da venda do Banif. Vestager sublinhou que o papel de Bruxelas no caso Banif passou apenas por controlar as ajudas estatais.
"Não é o nosso trabalho. Não é o que fazemos. Não é um processo nosso. Isso compete às autoridades portuguesas". Estas foram as afirmações repetidas por várias vezes pela comissária europeia da Concorrência, quando questionada sobre o papel de Bruxelas na venda do Banif.
Durante a conferência de imprensa que decorreu esta quarta-feira em Bruxelas, Margrethe Vestager reiterou que o papel da Comissão Europeia se resume a controlar o processo de ajudas estatais.
Questionada sobre as declarações de Mário Centeno sobre a "forte imposição" da Comissão Europeia no caso Banif, a comissária respondeu apenas que "claro que temos responsabilidade", mas no sentido de "termos de fazer o controlo das ajudas estatais" e verificar que as mesmas "são viáveis".
A comissária sublinhou ainda que a comissão "está a trabalhar para disponibilizar a informação que nos foi pedida", pela comissão parlamentar de inquérito.
Valdis Dombrovkis, o vice-presidente da Comissão Europeia, fez ontem declarações no mesmo sentido, tendo recusado que Bruxelas tenha imposto qualquer solução para o sistema bancário em Portugal.
Afirmações que o ministro das Finanças português contrariou. "Que não tenha havido uma forte imposição, e uma forte posição negocial da Direcção-Geral da Concorrência nesta fase do processo, não posso corroborar", afirmou.