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BPI já só precisa de emitir 250 milhões de dívida subordinada
As necessidades de emissão de dívida subordinada do BPI baixaram em 100 milhões de euros para 250 milhões, graças "à melhor evolução do banco". Estes títulos, semelhantes aos que a CGD vai emitir, destinam-se a reforçar a solidez do banco.
O BPI já só precisa de emitir 250 milhões de euros de dívida subordinada para poder cumprir as exigências de solidez definidas pelo Banco Central Europeu. Este valor é inferior em 100 milhões de euros às necessidades de 350 milhões identificadas pela instituição no final do ano passado, quando revelou os requisitos que o supervisor europeu impôs ao banco para 2017.
O valor máximo de dívida subordinada a emitir "é mais baixo do que anunciado porque a evolução do banco foi melhor do que o esperado", justificou Fernando Ulrich, na apresentação dos resultados do BPI.
A emissão em causa, equivalente à que a Caixa Geral de Depósitos vai realizar no âmbito da capitalização aprovada por Bruxelas, destina-se a reforçar o rádio de solidez total do BPI para 12%, "uma exigência nova que entrou em vigor este ano".
Em termos de rácio mais exigente, o BPI apresenta um nível de 11%, acima dos mínimos definidos pelo BCE, de 9,25%.
Segundo Fernando Ulrich, o BCE foi mais exigente com os requisitos de solidez do BPI porque, quando o supervisor definiu as exigências de capital, o Banco ainda tinha limite de votos e o problema do excesso de concentração de riscos em Angola estava por resolver. Estes temas "pesaram bastante", revelou o banqueiro.
"Na nossa opinião, estando estes dois temas resolvidos, o BPI merece um SREP [exigência de solidez] mais baixo", defendeu Ulrich.