Notícia
BFA vai esclarecer demissão de António Domingues e acusações de crimes de branqueamento de capitais
O Banco Fomento Angola (BFA) anunciou esta segunda-feira que se vai pronunciar "nos próximos dias" sobre os motivos da demissão do gestor português António Domingues, do cargo de vice-presidente da instituição, após ter denunciado alegados crimes de branqueamento de capitais.
13 de Julho de 2020 às 18:49
Em mensagem enviada à Lusa, o BFA garante publicar, "nos próximos dias", uma nota de imprensa "com esclarecimentos" sobre António Domingues, que na semana passada se demitiu do cargo de vice-presidente da instituição bancária.
António Domingues, eleito para o cargo no início do ano, apresentou a sua demissão por "assuntos internos do banco angolano", detido em 48,1% pelo português BPI, decisão, cujos motivos, foram já informados, através de carta, ao Banco Nacional de Angola (BNA), segundo a imprensa angolana.
O BFA informa no seu 'site' que António Domingues e Otília Carmo Faleiro, a seu pedido, cessaram os mandados como membros dos órgãos sociais, com efeitos imediatos, a partir de 6 e 8 de julho, respetivamente.
Para o Maka Angola, do atual conselho de administração do BFA poderão estar envolvidas nos crimes de branqueamento de capitais Otília Faleiro e Manuela Moreira, que cessou igualmente funções na instituição bancária.
"O então presidente Mário Leite Silva, gestor do universo empresarial de Isabel dos Santos, também é visado na questão, bem como Jorge Ferreira, presidente da comissão executiva", lê-se no portal de investigação do ativista e jornalista angolano Rafael Marques.
De acordo ainda com o portal, António Domingues terá informado, em 3 de julho, o presidente do conselho de administração do BFA sobre uma "investigação interna referente a dois casos de suspeita de branqueamento de capitais" ocorridos em 2017.
"Referiu ter tomado conhecimento, no final de maio, de um relatório interno gravoso sobre depósitos em numerário de montantes elevados não reportados. O vice-presidente do BFA informou ainda ter enviado esse relatório ao governador do BNA", acrescenta o Maka Angola.
António Domingues, eleito para o cargo no início do ano, apresentou a sua demissão por "assuntos internos do banco angolano", detido em 48,1% pelo português BPI, decisão, cujos motivos, foram já informados, através de carta, ao Banco Nacional de Angola (BNA), segundo a imprensa angolana.
Para o Maka Angola, do atual conselho de administração do BFA poderão estar envolvidas nos crimes de branqueamento de capitais Otília Faleiro e Manuela Moreira, que cessou igualmente funções na instituição bancária.
"O então presidente Mário Leite Silva, gestor do universo empresarial de Isabel dos Santos, também é visado na questão, bem como Jorge Ferreira, presidente da comissão executiva", lê-se no portal de investigação do ativista e jornalista angolano Rafael Marques.
De acordo ainda com o portal, António Domingues terá informado, em 3 de julho, o presidente do conselho de administração do BFA sobre uma "investigação interna referente a dois casos de suspeita de branqueamento de capitais" ocorridos em 2017.
"Referiu ter tomado conhecimento, no final de maio, de um relatório interno gravoso sobre depósitos em numerário de montantes elevados não reportados. O vice-presidente do BFA informou ainda ter enviado esse relatório ao governador do BNA", acrescenta o Maka Angola.