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BES reforça posição no BES Angola após aumento de capital
O Banco Espírito Santo Angola (BESA) aumentou o seu capital social em 500 milhões de dólares (383 milhões de euros), passando de 170,5 para 670,5 milhões de dólares. Com esta operação, o Banco Espírito Santo (BES) reforçou a sua posição naquele banco, aumentando a sua participação accionista de 51,94% para 55,71%. Já os angolanos da Portmill mantiveram uma posição de 24% enquanto a Geni, outro angolano, subiu ligeiramente a sua participação de 18% para 18,99%.
Este reforço do BES e também da Geni foi obtido através da diminuição da representatividade dos accionistas individuais, que anteriormente controlavam 5% do BESA e agora ficam apenas com 1,3% desta instituição financeira. O controlo de parte deste bloco era atribuído a Álvaro Sobrinho, ex-presidente executivo e “chairman” do BESA, que saiu do banco em conflito com o BES e o seu líder, Ricardo Salgado. Actualmente, o cargo de presidente executivo do BESA é ocupado por Rui Guerra, enquanto a presidência não executiva foi ocupada por Paulo Kassoma, antigo primeiro-ministro de Angola.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o BES afirma que o aumento de capital do BES Angola “tem um impacto positivo de aproximadamente 25 pontos base no rácio Core Tier I do BES considerando os activos ponderados pelo risco a 30 de Setembro de 2013”, conclui a mesma fonte. Esta operação tinha sido aprovada pelos órgãos sociais do banco em Junho.
Recentemente, Ricardo Salgado, presidente do BES esteve em Angola para manter contactos com empresas dos dois países no curto espaço de 20 dias.
A primeira deslocação aconteceu a 2 de Outubro e durante a mesma Ricardo Salgado foi recebido em audiência pelo presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos. Dia 22 de Outubro, o líder do BES, participou em Luanda num evento promovido pela Sociedade de Desenvolvimento da Baía de Luanda.
Quando se reuniu com o presidente angolano, Ricardo Salgado explicou que o aumento de capital do Banco Espírito Santo Angola (BESA) e a construção de um Hospital da Luz em Luanda, em parceria com a Teixeira Duarte, haviam sido dois dos temas abordados com o chefe de Estado. Na ocasião, Ricardo Salgado fez-se acompanhar pelo administrador financeiro do BES, Amílcar Morais Pires, pelo presidente executivo do BESA, Rui Guerra, e por Daniel Proença de Carvalho, um advogado com fortes ligações a Angola.