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BdP: Crédito malparado cai 4,1 mil milhões até setembro

O crédito malparado manteve a trajetória de redução no terceiro trimestre de 2019, com o rácio de Non-Performing Loans (NPL) a recuar para 7,7%, mostram dados do Banco de Portugal.

David Cabral Santos/Cofina
02 de Janeiro de 2020 às 12:33
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O "peso" do crédito malparado continuar a reduzir-se no sistema financeiro nacional. De acordo com dados do Banco de Portugal, o "stock" de empréstimos em incumprimento recuou perto de 4,1 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que levou o rácio de NPL (Non-Performing Loans) a cair para 7,7%. 

Os dados foram divulgados esta quinta-feira, 2 de janeiro, pelo Banco de Portugal, no boletim bancário português para o terceiro trimestre. 

Até setembro de 2019, os bancos detinham 21,74 mil milhões de euros, em termos brutos, de crédito malparado. Isto enquanto, no final de 2018, este valor era de 25,87 mil milhões de euros. 

Olhando para a evolução do terceiro trimestre do ano que agora acabou, registou-se uma diminuição de 596 milhões, no caso dos particulares, e de 1,1 mil milhões de euros nas sociedades não financeira, adianta o regulador. 

Os dados mostram ainda que esta evolução levou o rácio de NPL do setor financeiro a recuar para 7,7%, enquanto o rácio de NPL líquido de imparidades caiu para 3,6%.

Rácios mais fortes
Os rácios de capital dos bancos nacionais conseguiram fortalecer-se no terceiro trimestre. Neste período, "o rácio de fundos próprios totais aumentou 0,3 pontos percentuais, para 16,4%, refletindo a emissão de instrumentos elegíveis para fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1) e para fundos próprios de nível 2 (Tier 2) por parte de duas instituições de maior dimensão", refere o Banco de Portugal. 

Já o "rácio de alavancagem aumentou 0,1 pontos percentuais para 7,8%, mantendo-se acima do mínimo de referência definido pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia (3%), o qual se tornará um requisito de cumprimento obrigatório a partir da data de início de aplicação do novo CRR (28 de junho de 2021)". 

Ativo total cresce no terceiro trimestre
"Face ao trimestre anterior, o ativo total do sistema bancário aumentou 0,2%, essencialmente por via dos empréstimos a outras instituições de crédito (OIC), que aumentaram 9,7%, e dos títulos de dívida detidos (aumento de 0,6%), em particular de sociedades não financeiras", refere o regulador. Em sentido inverso, destaque para a "redução, em 5,5%, das disponibilidades em bancos centrais". 


Perante este cenário, o rácio de transformação "reduziu-se em 0,2 pontos percentuais, para 88%, e o rácio de cobertura de liquidez diminuiu 1,4 pontos percentuais, para 210,9%, permanecendo significativamente acima do mínimo regulamentar (100%)", remata o banco liderado por Carlos Costa.

 

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