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BdP: Crédito malparado cai 4,1 mil milhões até setembro
O crédito malparado manteve a trajetória de redução no terceiro trimestre de 2019, com o rácio de Non-Performing Loans (NPL) a recuar para 7,7%, mostram dados do Banco de Portugal.
Os dados foram divulgados esta quinta-feira, 2 de janeiro, pelo Banco de Portugal, no boletim bancário português para o terceiro trimestre.
Olhando para a evolução do terceiro trimestre do ano que agora acabou, registou-se uma diminuição de 596 milhões, no caso dos particulares, e de 1,1 mil milhões de euros nas sociedades não financeira, adianta o regulador.
Os dados mostram ainda que esta evolução levou o rácio de NPL do setor financeiro a recuar para 7,7%, enquanto o rácio de NPL líquido de imparidades caiu para 3,6%.
Rácios mais fortes
Os rácios de capital dos bancos nacionais conseguiram fortalecer-se no terceiro trimestre. Neste período, "o rácio de fundos próprios totais aumentou 0,3 pontos percentuais, para 16,4%, refletindo a emissão de instrumentos elegíveis para fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1) e para fundos próprios de nível 2 (Tier 2) por parte de duas instituições de maior dimensão", refere o Banco de Portugal.
Ativo total cresce no terceiro trimestre
"Face ao trimestre anterior, o ativo total do sistema bancário aumentou 0,2%, essencialmente por via dos empréstimos a outras instituições de crédito (OIC), que aumentaram 9,7%, e dos títulos de dívida detidos (aumento de 0,6%), em particular de sociedades não financeiras", refere o regulador. Em sentido inverso, destaque para a "redução, em 5,5%, das disponibilidades em bancos centrais".
Perante este cenário, o rácio de transformação "reduziu-se em 0,2 pontos percentuais, para 88%, e o rácio de cobertura de liquidez diminuiu 1,4 pontos percentuais, para 210,9%, permanecendo significativamente acima do mínimo regulamentar (100%)", remata o banco liderado por Carlos Costa.