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BCP regressa às quedas após valorização de 8%
As acções do banco voltaram a negociar em terreno negativo após terem valorizado quase 8%.
O Banco Comercial Português regressou às quedas depois de ter estado a subir 7,84% e de ter recuperado, em duas sessões, grande parte das perdas registadas nos últimos oito dias. As acções do banco já caíram 3,92% e seguem agora a desvalorizar 3,14% para 2,47 cêntimos.
Os títulos do banco fecharam a sessão desta terça-feira a subir 15,25% (e esta manhã já valorizaram quase 8%) depois de o presidente do BCP ter garantido que a instituição não precisa de um aumento de capital.
Nuno Amado afirmou, em entrevista à agência de notícias Reuters que "os accionistas podem estar tranquilos pois o BCP não está a considerar uma operação ou quaisquer operações que impliquem aumentos de capital". "O BCP é super disciplinado e não está a ser equacionada por nós qualquer operação relacionada com o Novo Banco que implique aumentos de capital dos nossos accionistas", reforçou.
As declarações de Nuno Amado surgiram depois de um período de quedas expressivas no banco, que em sete dias tirou cerca de um terço do valor de mercado ao BCP, devido aos receios que o banco seja forçado a recorrer ao mercado para reforçar de capitais. Esta especulação aumentou depois do espanhol Popular ter surpreendido o mercado com um aumento de capital e de o Goldman Sachs ter adiantado que o BCP era uma das instituições mais "vulneráveis" a comparações com o Popular.
Através de operações de aumentos de capital, os investidores colocaram no BCP cerca de 4,4 mil milhões nos últimos cinco anos, sendo que a queda das acções deixou o banco a valer cerca de menos 70% daquele montante. Apenas a Sonangol, o maior accionista do BCP, acumula menos-valias potenciais que ultrapassam os 1,44 mil milhões de euros.