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BCP sai de prejuízos e apresenta lucros de 133,3 milhões de euros
O BCP registou um resultado líquido positivo nos primeiros nove meses do ano, atribuindo-o à expansão da actividade bancária.
O BCP apresentou lucros de 133,3 milhões entre Janeiro e Setembro deste ano, face aos prejuízos de 251 milhões apresentados no mesmo período de 2016.
O número revelado em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários compara com os resultados líquidos em torno de 130 milhões de euros esperados pelas casas de investimento do CaixaBI e BPI.
Há assim a saída da zona de prejuízos do BCP nos primeiros nove meses, como já tinha ocorrido no primeiro semestre.
Nos primeiros nove meses do ano, o banco presidido por Nuno Amado registou uma melhoria de 12,8% da margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) para 1.023,2 milhões de euros.
As comissões bancárias avançaram 2,8% para 494,6 milhões de euros, reportando-se uma perda nos outros resultados (como em operações financeiras).
Na soma de todas as rubricas, o produto bancário somou 1,4%, situando-se em 1.594,3 milhões de euros nos primeiros três trimestres do ano.
No campo dos custos operacionais, houve um recuo de 3,8% para 694,6 milhões de euros, dinamizado pelo indicador dos encargos com pessoal.
As imparidades continuam a cair: a instituição financeira, que tem a Fosun e a Sonangol como principais accionistas, reduziu em 43,5% as imparidades para crédito e para outros activos, num total de 628,5 milhões de euros.
O custo do risco (que compara as imparidades face ao crédito total) desceu de 221 pontos base para 120 pontos base – aumentando nas operações internacionais e a caindo na operação nacional.
A melhoria da qualidade dos activos é um dos pontos referidos por Nuno Amado, continuando a diminuir as exposições não rentáveis (NPE – "non-performing exposures") para um total de 7.168 milhões de euros em Setembro, comparáveis com os 8.538 milhões de Dezembro do ano passado. É nestes NPE que se incluem os créditos malparados.
Crédito cai, depósito sobe
O crédito a clientes cede 3,5% para 50.754 milhões de euros, recuando na habitação, no consumo e nas empresas, com a actividade nacional a ser a responsável pela quebra.
Os depósitos ascenderam a 50.690 milhões de euros, subindo perto de 3,5% face a Setembro do ano passado.
Em termos de capital, o principal rácio que mede a solvabilidade da instituição financeira (Common Equity Tier 1) passou de 12,2% para 13,2%, seguindo as regras actualmente em vigor, subida que se deve ao aumento de capital e aos resultados trimestrais.
(Notícia actualizada às 17:22 com mais informação)