Notícia
BCP lucra 207,5 milhões de euros em 2022 apesar do efeito Polónia
O resultado compara com os 138,1 milhões de euros apresentados pela instituição em 2021. Política de distribuição de dividendos está por decidir.
27 de Fevereiro de 2023 às 17:06
O Millennium BCP registou um lucro de 207,5 milhões de euros em 2022, que representa uma subida de 50 % face aos 138,1 milhões de euros obtidos em 2021.
"Conseguimos superar adversidades e apresentamos hoje um banco preparado para o futuro", afirmou o CEO na apresentação de resultados.
Miguel Maya considera que "os últimos anos foram muito desafiantes para o setor financeiro e para o BCP em particular, nenhum de nós pensou que ia haver uma guerra na Europa, com uma inflação a níveis que não estávamos habituados".
O presidente executivo do Millennium destacou também as "contrariedades dos francos suiços".
O banco detido pelo BCP na Polónia teve um contributo negativo de 216,7 milhões de euros, mas melhorou face aos 284,4 milhões de impacto em 2021.
O resultado em Moçambique cresceu de 95,6 milhões de euros para 101,9 milhões.
Na atividade em Portugal o resultado, em base comparável, cresceu 51,9% para 364,9 milhões de euros.
A margem financeira do banco disparou 35% para cerca de 2.150 milhões de euros (dos quais 951 milhões foram obtidos em Portugal). O produto bancário aumentou 22,8% para 2.867,5 milhões.
As comissões renderam 771,9 milhões de euros (mais 6,1% do que em 2021). A atividade em Portugal representou 560,6 milhões de euros (aumento de 9%), enquanto as operações internacionais valeram 211,4 milhões (descida de 1%).
Os custos operacionais recorrentes fixaram-se em 1.056,5 milhões de euros, numa evolução de 3,1% face ao ano anterior.
O BCP pagou 88,5 milhões de euros em contribuições obrigatórias do setor, mais do que os 77,2 milhões de euros desembolsados em 2021 em Portugal.
"São um custo absolutamente despropositado e que não proporciona um 'level playing field'", criticou o CEO do banco, insistindo na mensagem que repete em cada apresentação de resultados.
As transferências para o Fundo de Resolução aumentaram de 17 milhões de euros para 18,7 milhões de euros.
"O rácio CET1 alcançou 12,5% "por via da geração orgânica e de outras iniciativas, incluindo securitizações e redução de ativos não produtivos", escreve o banco no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O banco salienta que "no final do ano, o rácio CET1 situou-se acima do requisito regulamentar de 9,41% e superou o objetivo previsto no plano estratégico para 2024".
Relativamente ao bom desempenho em bolsa do BCP, Miguel Maya começou por dizer que não comentava a atual cotação em bolsa da instituição financeira, mas acabou por acrescentar que "o mercado esta a reconhecer aquilo que tem sido a evolução do banco e o relacionamento com o cliente e está, por isso, num movimento de correção".
Dividendos por decidir
Questionado sobre os dividendos relativos a 2022, Miguel Maya afirmou que "num contexto de incerteza a prioridade do BCP é a proteção do capital", não revelando qual será a proposta a fazer à Assembleia Geral de acionistas.
O chairman Nuno Amado reforçou a posição do CEO, dizendo - sem apontar datas nem valores - que a intenção é retomar uma política de distribuição de dividendos "intensa".
"Conseguimos superar adversidades e apresentamos hoje um banco preparado para o futuro", afirmou o CEO na apresentação de resultados.
O presidente executivo do Millennium destacou também as "contrariedades dos francos suiços".
O banco detido pelo BCP na Polónia teve um contributo negativo de 216,7 milhões de euros, mas melhorou face aos 284,4 milhões de impacto em 2021.
O resultado em Moçambique cresceu de 95,6 milhões de euros para 101,9 milhões.
Na atividade em Portugal o resultado, em base comparável, cresceu 51,9% para 364,9 milhões de euros.
A margem financeira do banco disparou 35% para cerca de 2.150 milhões de euros (dos quais 951 milhões foram obtidos em Portugal). O produto bancário aumentou 22,8% para 2.867,5 milhões.
As comissões renderam 771,9 milhões de euros (mais 6,1% do que em 2021). A atividade em Portugal representou 560,6 milhões de euros (aumento de 9%), enquanto as operações internacionais valeram 211,4 milhões (descida de 1%).
Os custos operacionais recorrentes fixaram-se em 1.056,5 milhões de euros, numa evolução de 3,1% face ao ano anterior.
O BCP pagou 88,5 milhões de euros em contribuições obrigatórias do setor, mais do que os 77,2 milhões de euros desembolsados em 2021 em Portugal.
"São um custo absolutamente despropositado e que não proporciona um 'level playing field'", criticou o CEO do banco, insistindo na mensagem que repete em cada apresentação de resultados.
As transferências para o Fundo de Resolução aumentaram de 17 milhões de euros para 18,7 milhões de euros.
"O rácio CET1 alcançou 12,5% "por via da geração orgânica e de outras iniciativas, incluindo securitizações e redução de ativos não produtivos", escreve o banco no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O banco salienta que "no final do ano, o rácio CET1 situou-se acima do requisito regulamentar de 9,41% e superou o objetivo previsto no plano estratégico para 2024".
Relativamente ao bom desempenho em bolsa do BCP, Miguel Maya começou por dizer que não comentava a atual cotação em bolsa da instituição financeira, mas acabou por acrescentar que "o mercado esta a reconhecer aquilo que tem sido a evolução do banco e o relacionamento com o cliente e está, por isso, num movimento de correção".
Dividendos por decidir
Questionado sobre os dividendos relativos a 2022, Miguel Maya afirmou que "num contexto de incerteza a prioridade do BCP é a proteção do capital", não revelando qual será a proposta a fazer à Assembleia Geral de acionistas.
O chairman Nuno Amado reforçou a posição do CEO, dizendo - sem apontar datas nem valores - que a intenção é retomar uma política de distribuição de dividendos "intensa".