Notícia
BCP aumenta lucros em 63% para 97,2 milhões de euros
O Millennium BCP tinha registado um lucro de 59,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021. Contributo negativo do banco que detém na Polónia pesou muito no resultado.
O BCP registou um lucro de 97,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O resultado é 63% superior aos 59,5 milhões de euros obtidos no período homólogo.
Em Portugal o resultado líquido foi de 295,7 milhões, "em consequência do crescimento de 9,3% dos proveitos core, da redução de 3,4% dos custos recorrentes e da melhoria de 11 pontos base no custo do risco", explica o banco.
A margem financeira cresceu de 1,91% para 2,38%, atingiu 1.546 milhões de euros. Em Portugal, a margem manteve-se em 1,45% e rendeu 671 milhões.
As comissões totalizaram 574 milhões de euros (numa subida de 7,3%).
Os recursos totais dos clientes atingiram 91,1 mil milhões de euros, num crescimento de 3,5% face ao período homólogo. Desses, os depósitos à ordem valem pouco mais de metade: 48,1 mil milhões. A carteira de depósitos a prazo aumentou de 20,7 mil milhões de euros para 25,7 mil milhões de euros.
O crédito a clientes (bruto) aumentou 1,1% para 58,6 mil milhões de euros.
O rácio de crédito malparado (NPL, sigla inglesa para Non-Performing Loans) há mais de 90 dias caiu para 1,5% no final de setembro (era 2,4% um ano antes).
O rácio de capital total fixou-se em 15,1% e o rácio de capital CET1 em 11,4%.
As contribuições obrigatórias para o setor bancário em Portugal totalizaram 62,2 milhões de euros.
Os números foram muito penalizados pela operação na Polónia, começou por explicar Miguel Maya, CEO da instituição, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.
O Millennium sofreu efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium, incluindo encargos de 393 milhões associados à carteira de créditos hipotecários em francos suíços e provisões para moratórias de crédito de 304,6 milhões.
O banco pagou um total de 59,1 milhões de contribuição para o Fundo de Proteção Institucional naquele país e registo da imparidade do "goodwill" do Bank Millennium de 102,3 milhões.
A instituição liderada por Miguel Maya tem sido penalizada nos últimos trimestres pelo desempenho do polaco Bank Millennium, que controla a 50,1%.
Em causa estão empréstimos em francos suíços concedidos em 2008. A valorização da moeda helvética no mercado cambial provocou dificuldades aos titulares desses créditos, e em 2019 o Tribunal de Justiça Europeu determinou que os clientes têm o direito de pedir a conversão dos empréstimos para a moeda local, o que levou o Bank Millennium a constituir provisões, degradando os resultados que consolidam no grupo português.
Na semana passada o Bank Millennium anunciou um prejuízo de 214 milhões de euros no terceiro trimestre.
Em atualização
Em Portugal o resultado líquido foi de 295,7 milhões, "em consequência do crescimento de 9,3% dos proveitos core, da redução de 3,4% dos custos recorrentes e da melhoria de 11 pontos base no custo do risco", explica o banco.
As comissões totalizaram 574 milhões de euros (numa subida de 7,3%).
Os recursos totais dos clientes atingiram 91,1 mil milhões de euros, num crescimento de 3,5% face ao período homólogo. Desses, os depósitos à ordem valem pouco mais de metade: 48,1 mil milhões. A carteira de depósitos a prazo aumentou de 20,7 mil milhões de euros para 25,7 mil milhões de euros.
O crédito a clientes (bruto) aumentou 1,1% para 58,6 mil milhões de euros.
O rácio de crédito malparado (NPL, sigla inglesa para Non-Performing Loans) há mais de 90 dias caiu para 1,5% no final de setembro (era 2,4% um ano antes).
O rácio de capital total fixou-se em 15,1% e o rácio de capital CET1 em 11,4%.
As contribuições obrigatórias para o setor bancário em Portugal totalizaram 62,2 milhões de euros.
Os números foram muito penalizados pela operação na Polónia, começou por explicar Miguel Maya, CEO da instituição, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.
O Millennium sofreu efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium, incluindo encargos de 393 milhões associados à carteira de créditos hipotecários em francos suíços e provisões para moratórias de crédito de 304,6 milhões.
O banco pagou um total de 59,1 milhões de contribuição para o Fundo de Proteção Institucional naquele país e registo da imparidade do "goodwill" do Bank Millennium de 102,3 milhões.
A instituição liderada por Miguel Maya tem sido penalizada nos últimos trimestres pelo desempenho do polaco Bank Millennium, que controla a 50,1%.
Em causa estão empréstimos em francos suíços concedidos em 2008. A valorização da moeda helvética no mercado cambial provocou dificuldades aos titulares desses créditos, e em 2019 o Tribunal de Justiça Europeu determinou que os clientes têm o direito de pedir a conversão dos empréstimos para a moeda local, o que levou o Bank Millennium a constituir provisões, degradando os resultados que consolidam no grupo português.
Na semana passada o Bank Millennium anunciou um prejuízo de 214 milhões de euros no terceiro trimestre.
Em atualização